POLÍTICA

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Conselho de Saúde discute fechamento de UBS no horário noturno

Da Redação

| Edição de 03 de fevereiro de 2025 | Atualizado em 03 de fevereiro de 2025

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O Conselho Municipal de Saúde realizou na noite desta segunda-feira (03) uma reunião no salão nobre da Prefeitura para discutir a suspensão do atendimento noturno das Unidades Básicas de Saúde (UBSs) Maria do Café, do Jardim Ponta Grossa, e Bolivar Pavão, do Jardim América, na região norte da cidade. As duas UBSs atendiam até as 22 horas e estão funcionando até as 17 horas desde o último dia 24 de janeiro.

Moradores dos bairros afetados participaram e pediram a reabertura das unidades. O secretário de Saúde, Guilherme de Paula, também participou e explicou os motivos que levaram o município a tomar a decisão.

O morador Noel Beto, do Jardim Ponta Grossa, criticou a medida e diz que faltou comunicação por parte da Prefeitura. “Eles deveriam primeiro comunicar a população e fazer uma pesquisa para ver o que as pessoas acham para depois adotar esse procedimento”, disse. Ele diz que tem um pai acamado e que a falta de atendimento noturno trouxe problemas. “Meu pai é acamado, ele usa sonda e nós dependemos das enfermeiras do posto”, disse.

O secretário Guilherme de Paula falou com os moradores. Segundo ele, o município está colocando em prática um novo projeto para melhorar a atenção básica. Ele afirma que um novo modelo, inspirado em Curitiba e Florianópolis, será adotado nas consultas com médicos, com atendimentos de manhã e à tarde. O secretário pediu um voto de confiança da população e afirmou que a mudança é baseada em critérios técnicos.

O prefeito Rodolfo Mota (União Brasil) também falou sobre o assunto na noite desta segunda-feira (3) após participar da primeira sessão ordinária do legislativo municipal. “UBS aberta não resolve problema de saúde pública. A população sabe que a UBS que está aberta até as 22 horas não tem nimesulida, não tem remédio. De nada adianta ter UBS aberta até as 10 horas da noite se não tenho médico para atender e remédio para dar”, disse, acrescentando: “Vamos mudar o protocolo de atendimento e mudar essa fórmula que não está dando certo”.