As eleições municipais de outubro terão a participação direta de 82 deputados e deputadas federais, concorrendo às prefeituras ou às câmaras de vereadores. São 16 a mais do que na eleição passada, em 2020.
A Secretaria-Geral da Mesa da Câmara dos Deputados registra 73 candidatos a prefeito, dois a vice-prefeito e sete a vereador. Ao todo, 23 parlamentares buscam assumir a prefeitura de 16 capitais.
Entre os partidos, PT, com 18, e PL, com 15, dominam a lista de deputados federais na disputa das eleições municipais.
Mesmo aqueles parlamentares que não concorrem diretamente costumam participar de forma ativa das campanhas em suas bases eleitorais. “Aquele parlamentar que se elege basicamente pela força de um município, esse, com certeza, interfere no resultado daquela cidade, na eleição municipal”, explica o vice-líder da Federação PT-PCdoB-PV, deputado Arlindo Chinaglia (PT-SP).
“Se é um deputado muito famoso, ele pode não ter uma base municipalizada, mas ele tem prestígio muito reconhecido e esse também tem um grau de interferência”, acrescenta.
O vice-líder do PL, deputado General Girão (RN), lembra que só entrou na política em 2017, quando as pessoas passaram a conhecê-lo e admirá-lo. “Hoje, parte dessas pessoas resolveu se candidatar. Elas chegam para nós e dizem assim: ‘queria que o senhor fizesse um vídeo demonstrando o apoio à nossa candidatura, por defendermos os mesmos princípios e valores’. Então, isso nos orgulha”, afirma Girão.
Já o líder do MDB, deputado Isnaldo Bulhões (AL), avalia que a eleição municipal reaproxima os deputados federais dos temas locais.“É fundamental, principalmente para alguns, como eu, que fazem uma política municipalista muito próxima da comunidade e trazendo os pleitos e a realidade que eles vivem para que a gente busque solução. Isso faz com que esse entrelaçamento seja total.” (AGÊNCIA CÂMARA)