O general Valério Stumpf Trindade, ex-chefe do Estado-Maior do Exército, acusado por militares radicais e por parte da militância bolsonarista de ser um “informante” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo STF, se defendeu das acusações de aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Fui vítima de ataques por cumprir a minha obrigação”, declarou Stumpf, em entrevista ao Metrópoles nesta quinta-feira. “Defendi a democracia em tempos complexos. Tenho orgulho de ter agido de forma leal ao comandante do Exército e ao Exército Brasileiro.”
Segundo a PF, Stumpf foi alvo de campanhas coordenadas nas redes sociais, que incluíram ataques à sua família. Publicações o chamaram de “traidor da Pátria” e “melancia” - termo usado pejorativamente para descrever militares supostamente comunistas, em razão da cor verde por fora e vermelha por dentro. As ameaças começaram como tentativa de pressão para que aderisse ao golpe e, após a posse de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), transformaram-se em acusações por permitir a transição de poder.(ESTADÃO CONTEÚDO)