A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja, afirmou na 68ª Sessão da Comissão sobre a Situação da Mulher da Organização das Nações Unidas (ONU) nesta segunda-feira, que o Brasil teve uma interrupção da sua democracia durante os seis anos que antecederam a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Segundo Janja, o País sofreu um “retrocesso nas suas políticas públicas” entre 2016 e 2022. Ela integra a comitiva brasileira em Nova York, Estados Unidos, liderada pela ministra das Mulheres, Cida Gonçalves.
“O Brasil teve uma interrupção na sua democracia, podemos falar assim. Por seis anos, o Brasil teve um retrocesso nas suas políticas públicas, ou seja, os mais necessitados, os mais vulneráveis e as mulheres deixaram de ser prioridades no governo do Brasil que antecedeu, agora, o terceiro mandato do presidente Lula”, afirmou Janja no painel “Rumo a economias com igualdade de gênero: fazer com que as finanças públicas trabalhem para a igualdade de gênero”.
No discurso, a primeira-dama fez referência aos governos de Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). Vice-presidente nas chapas vitoriosas em 2010 e em 2014, Temer assumiu o poder em 2016 após Dilma Rousseff (PT) ser afastada da Presidência pelo Congresso Nacional no processo de impeachment por pedaladas fiscais. Bolsonaro passou a comandar o Planalto em 2019, após vencer, no segundo turno, o candidato Fernando Haddad (PT) nas eleições de 2018. (ESTADÃO CONTEÚDO)