Dando sequência à série de entrevistas com os vereadores de Apucarana, o Grupo Tribuna conversou com Luiz Vilas Boas (PDT). Eleito com 1.388 votos na sua quinta disputa ao cargo, ele prioriza um mandato voltado à juventude, geração de emprego e qualificação, áreas de sua atuação profissional. Vilas Boas está de saída da Câmara como reflexo da anulação dos votos do Podemos nas eleições proporcionais por fraude à cota de gênero. A retotalização dos votos das eleições de 2024, marcada para a próxima segunda-feira (14), deve garantir uma vaga para o médico Dr. Odarlone Orente (PT) e gerar perda do mandato de Vilas Boas.
Vilas Boas avaliou positivamente os seis meses de atuação no Legislativo e destacou projetos elaborados em seu mandato. Entre os temas abordados, o vereador enfatizou a importância da reativação da Guarda Mirim. “A proposta foi aprovada pela Câmara e segue para sanção do prefeito. Nosso objetivo é oferecer aos jovens uma alternativa de formação, afastando-os de caminhos perigosos e mostrando que eles podem se tornar médicos, advogados ou empresários”, afirmou.
O vereador também fez fortes críticas ao fechamento do Centro de Qualificação Total, antiga Escola da Oportunidade. A iniciativa foi fundada por ele. “Formamos mais de 25 mil pessoas, especialmente na área do vestuário. Fechar essa escola é um retrocesso enorme, especialmente em uma cidade que precisa de mais de mil costureiras e tem na confecção um de seus principais pilares econômicos”, lamentou.
Vilas Boas também comentou sobre o projeto de abertura de uma rua ao lado do Residencial Raposa I, que interligaria bairros e facilitaria o acesso da população. O vereador também reforçou o papel fiscalizador do legislativo e criticou a falta de respostas do poder público a diversos pedidos de informação. “Encaminhei questionamentos sobre frota de veículos, médicos e estrutura da saúde, mas não obtive retorno. Por isso, levei as demandas ao Ministério Público”, relatou.
Entre os projetos destacados, estão ainda iniciativas nas áreas de apicultura com abelhas sem ferrão, piscicultura para pequenos produtores e incentivo à agricultura familiar com foco na merenda escolar. “Esses programas fortalecem a renda das famílias e estimulam a economia local”, destacou.
Luiz Vilas Boas também defendeu a emancipação do distrito de Pirapó. Segundo ele, a região já possui características e população que justificariam sua autonomia. “Pirapó tem cerca de 20 mil habitantes. Se outras cidades com três mil moradores se tornaram municípios, por que não ela?”, questionou.