O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, reconheceu nesta segunda-feira o avanço do centrão nas eleições municipais, mas sustentou que não há ligação entre o pleito municipal e nacional. O ministro fez o balanço após uma reunião com o presidente Lula e negou que os resultados da eleição deste ano possam ter repercussões em 2026. “Tentam fazer uma relação direta entre o que é o resultado da eleição municipal com a eleição nacional, que nunca existiu no Brasil. Não existe essa relação direta”, avaliou.
“Reconhecemos um crescimento de partidos que compõem o centro, que já tinham crescido em 2020, crescem agora nesta disputa municipal também e são partidos que apoiam o governo, que estão no governo”, completou Padilha.
Entre as legendas que mais elegeram vereadores estão o MDB, PP, PSD, União Brasil e PL. Para o ministro, o resultado é uma tendência que vem desde a última disputa nos municípios. “Já tinha tido em 2020 um crescimento dos partidos de centro e de centro-direita no país nas eleições municipais. Esse crescimento teve uma continuidade, um aumento de vários destes partidos, e o crescimento também importante do PT e do PSB.”
Segundo Padilha, a avaliação do governo nesse primeiro turno é positiva. Apesar de poucas cabeças de chapa, o PT viu um crescimento no país por meio das federações partidárias para prefeitos. A Federação Brasil Esperança, composta ainda por PCdoB e PV, elegeu mais prefeitos, comparada à última eleição municipal, indo de 179 para 248. O PT não elegeu prefeitos nas capitais, apesar de ter ido para o segundo turno em quatro.
“O conjunto de partidos que apoiam o governo também teve aumento expressivo, que mostra o enraizamento importante nas eleições municipais”, pontuou ele.
Destacando a “frente ampla”, o ministro citou a vitória de Eduardo Paes (PSD), no Rio de Janeiro, contra Alexandre Ramagem (PL), nome apoiado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro. Outro aliado vitorioso de Lula é João Campos (PSB), em Recife, que concorreu contra Gilson Machado (PL), ex-ministro do Turismo de Bolsonaro. (DAS AGÊNCIAS)