POLÍTICA

min de leitura - #

PF indicia Bolsonaro e mais 16 por fraude no cartão de vacina

Da Redação

| Edição de 19 de março de 2024 | Atualizado em 19 de março de 2024
Imagem descritiva da notícia PF indicia Bolsonaro e mais 16 por fraude no cartão de vacina

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O ex-presidente da República Jair Bolsonaro (PL) e outras 16 pessoas, entre elas o ex-ajudante de Ordens Mauro Cid, foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) por fraude em cartão de vacinação para covid-19. Em janeiro, a Controladoria-Geral da União (CGU) divulgou que o registro de vacina de Bolsonaro contra a covid-19 é falso.

O órgão finalizou a investigação sobre o caso depois de um pedido de informação por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI). Os dados atuais do Ministério da Saúde, que aparecem no cartão de vacinação, apontam que o ex-presidente se vacinou em 19 de julho de 2021 na Unidade Básica de Saúde (UBS) Parque Peruche, na zona norte de São Paulo.

A CGU, no entanto, constatou que Bolsonaro não estava na capital paulista nessa data e que o lote de vacinação que consta no sistema da pasta não estava disponível naquela data na UBS onde teria ocorrido a imunização.

Em seu perfil na rede social X, antigo Twitter, o advogado de Bolsonaro Fabio Wajngarten criticou a divulgação do indiciamento. “Vazamentos continuam aos montes, ou melhor aos litros. É lamentável quando a autoridade usa a imprensa para comunicar ato formal que logicamente deveria ter revestimento técnico e procedimental ao invés de midiático e parcial”, escreveu.

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, deu 15 dias para que a Procuradoria-Geral da República se manifeste sobre o relatório em que a Polícia Federal indicia o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 16 investigados pela fraude na carteira de vacinação do ex-chefe do Executivo.

O prazo consta do despacho assinado nesta terça-feira, no qual Moraes levantou o sigilo do documento de 231 páginas sobre as conclusões da Operação Verine. O relatório detalha como funcionava o suposto esquema que beneficiou o ex-presidente, sua filha Laura e aliados de primeira hora de Bolsonaro.

Com o relatório final do inquérito, o caso segue para o Ministério Público Federal, a quem cabe analisar se oferece denúncia formal à Justiça para abertura de ação penal. O parecer deve ser dado pelo procurador-geral da República Paulo Gonet. (ESTADÃO CONTEÚDO)