OPINIÃO

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A falta de educação no nosso trânsito diário

Tribuna do Norte

| Edição de 05 de janeiro de 2016 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Não há infrações inofensivas no trânsito. Há sempre o risco de uma consequência grave. No entanto, uma irregularidade cometida por muitos motoristas tem tirado o sono das autoridades em Apucarana e, inclusive, provocou tragédias no trânsito da cidade no ano passado: o avanço do sinal vermelho.

Três pessoas morreram em Apucarana em 2015 no cruzamento das ruas Ponta Grossa e João Cândido Ferreira, na área central de Apucarana. Valdir Santos de Oliveira, de 27 anos, e Tiago de Lima Nunes, de 24 anos, morreram na madrugada de 15 de março, quando o veículo em que os dois estavam se envolveu em uma colisão com um táxi. A outra vítima foi o motorista da Viação Apucarana Ltda (VAL), Antônio Benjamim Neto, de 54 anos. Ele morreu em serviço, quando foi atingido por outro ônibus na manhã de 30 de setembro. B

Os dois casos geraram forte repercussão na cidade, servindo de alerta para essa infração gravíssima de trânsito. De janeiro a novembro de 2015, a Polícia Militar (PM) registrou 876 acidentes no perímetro urbano de Apucarana, sendo 107 em cruzamentos com semáforos, segundo balanço divulgado pelo Instituto de Desenvolvimento, Pesquisa e Planejamento de Apucarana (Idepplan) no final do ano passado - os números de dezembro ainda não haviam sido contabilizados.

Essas ocorrências representam 12,21% do total de acidentes. É um índice alto e preocupante. Afinal, cruzar o sinal vermelho é o exemplo máximo do desrespeito às leis de trânsito. Há um equipamento disciplinando o cruzamento de ruas e, mesmo assim, motoristas decidem colocar em risco à própria segurança. É algo inaceitável, que mostra como estamos atrasados na educação e no convívio. Algumas pessoas vivem alheias às regras básicas, como se dois minutos esperando o sinal abrir representassem um tempo precioso demais.

A Prefeitura de Apucarana está estudando medidas para combater esse problema, desde campanhas de orientação até a intalação dos chamados “vídeos-vigias”, popularmente conhecido como “furões”, para multar esses infratores. Enfim, é a única saída diante de tanto desrespeito. A educação, não apenas no trânsito, parecer ser o maior desafio desse país.