OPINIÃO

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A voz do povo é a voz de Deus

Por Thadeus Palka, advogado em Apucarana

| Edição de 26 de agosto de 2015 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Na próxima sexta-feira, dia 28 de agosto, será realizada a audiência pública na Câmara Municipal local, quando será discutido o número de vereadores, ou se aumentar para 19 ou se manter as 11 vagas atuais, que vão compor o Legislativo na próxima gestão.Segundo entendimento de pessoas que militam na vida política apucaranense, essa audiência pública, até certo ponto, é inócua e desnecessária porque irá atingir reduzido número de pessoas que deverão atender a essa convocação.

No entanto, o prudente, o lógico, o coerente e sem qualquer custo, cada vereador que, atualmente, compõe o Legislativo e que conhece o seu reduto eleitoral buscasse colher a opinião de seu eleitorado para, então, firmar sua opinião e, assim, tomar a sua melhor decisão. A opinião geral é pela manutenção dos 11 atuais que muito tem representado a população apucaranense.Obviamente, uma das formas seria a audiência pública, mas, talvez, não seja a melhor do que cada vereador contatar com seus eleitores, ouvir sua opinião e ter um diálogo direto, pois que é uma forma democrática para que seja tomada a melhor decisão.

Os atuais membros da Câmara Municipal estão com a “faca e o queijo na mão” e podem escolher a melhor fatia que lhes venha apetecer e atender suas conveniências pessoais ou não, no entanto, deveriam entender que, embora digam que não haverá custo ou gasto nenhum com esse aumento de vagas, no entendimento, do mais humilde eleitor nada mais é do que simples balela. Até agora se pode dizer com total segurança, salvo engano, que haverá elevação de gastos com o aumento do número de vereadores, veja-se numa simples análise: subsídios dos vereadores, gastos com novos assessores e funcionários, aumento e/ou construção de novo prédio para acolher o pessoal, energia elétrica, compra de equipamentos, contratação de pessoal etc.

Em uma análise simplória o eleitorado, em sua maioria, entende que a função vereador não é emprego e, sim, um prestador de serviços à comunidade e, tão somente, a paga de um salário mínimo e nada mais pelo que fazem à comunidade, pois que, entendem que todos são pessoas de bem, tem seus rendimentos próprios, uns já aposentados e que exercem profissão na vida particular. O vereador deveria entender que sua missão é nobre de servir o povo, sem remuneração ou verbas por sessões extraordinárias.

O eleitor tem em mente que o vereador deve servir o povo e sentir-se grato e orgulhoso por estar servindo a comunidade. Analisando a situação pessoal e profissional dos vereadores que compõe o nosso Legislativo, são pessoas dignas, ilibadas, competentes e honradas e que poderiam redobrar seus esforços pelo engrandecimento de Apucarana e, por isso e tão somente, envolver-se em questões que dispensam maiores questionamentos.

Com 11 vereadores os munícipes e, como até o presente momento, têm a certeza e como até agora aconteceu não haverá solução de continuidade pela defesa e engrandecimento do município. Pergunta-se: quantos edis poderiam ser solidários com a comunidade dispensando seus subsídios em prol de entidades assistenciais pela própria condição de sua posição que ocupa na sociedade?

Ultimamente, a voz do povo que é soberana foi ouvida em vários municípios do Paraná (Santo Antonio da Platina, Jacarezinho, Mauá da Serra, Cambira, Rio Bom e mais outros) e que mereceu a aceitação dos vereadores, quando pressionados, no que diz respeito aos aumentos de seus subsídios e de vagas, renderam-se uns sob aplausos e outros sob vaias.Se não houver nenhum outro motivo compareçam no dia 28 de agosto; todos tem a obrigação de comparecer à audiência e opinar por tão importante assunto. Ser omisso é aceitar tudo e não ter depois o direito de reclamar pela omissão.

Senhores vereadores, com todo respeito pelos relevantes e inestimáveis serviços que prestam à sociedade, dignem-se pela manutenção das atuais 11 vagas, porque o momento econômico-social-político do Brasil é inoportuno e de incertezas, e o clamor do povo que está a exigir muita ponderação.