Em 15 de novembro de 1889, o marechal Deodoro da Fonseca proclamou a República e, no dia 19 do mesmo mês e ano, ou seja, há 126 anos, por Decreto Presidencial, foi criada a atual bandeira. A primeira com a cruz vermelha da Ordem de Cristo foi trazida por Cabral e hasteada como símbolo da terra descoberta.
Ainda, na travessia das sucessões na Chefia de Estado, o Brasil também teve a progressão dos símbolos da pátria, assim os heraldistas idealizaram, gestaram e criaram as Bandeiras de D. João VI, que elevou o Brasil a Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve, a do Imperador D. Pedro I, a do Principado do Brasil, quando D. João IV conferiu a seu filho Teodósio, o título de príncipe do Brasil; a Bandeira do Imperador D. Pedro II e a Bandeira atual, que tem 27 estrelas, sendo um dos quatro símbolos da República Federativa do Brasil. A comissão designada para elaboração desse símbolo nacional buscou no sociólogo positivista francês, Augusto Comte, líder do movimento sociológico iluminista, a inspiração para perpetuar o lema “Ordem e Progresso”. E as letras verdes sobre o branco consagram o significado: [...] Amor por Princípio e a Ordem por Base; o Progresso por Fim”.
Desse ponto, peço licença aos membros da comissão idealizadora da bandeira brasileira para citar a colaboração indireta e quase anônima da potiguar Nisia Floresta, com seu iluminismo e suas ideias positivistas. Educadora, escritora, poetisa e pós doutorada, nascida no limiar do século XIX, era uma mulher à frente de seu tempo, pois, em 1842 publicou o primeiro dos 15 livros, com título, “Direitos da Mulher e Injustiça dos Homens”. O que equivale dizer que 15 anos antes do episódio que vitimou 129 mulheres nos Estados Unidos. Logo, sem muito esforço, podemos afirmar que foi a primeira feminista do Brasil.
Se eu fosse poeta diria que atual bandeira que é muito bela, com as cores branca, azul, verde e amarela que, na Praças dos Três Poderes, na Capital Federal, por ser um local iluminado permanece hasteada dia e noite, sendo que há 54 anos, a troca é feita em sessão solene, todo primeiro domingo de cada mês e somente dia 19 de novembro “Dia da Bandeira”, é hasteada ao meio dia, ocasião que as bandeiras consideradas inservíveis são incineradas.
Objetivando dissipar quaisquer dúvidas, quanto ao cerimonial de hastear a bandeira em sinal de luto. As denominações são: a meio pau (a meia haste, a meia adriça, ou ainda a meio mastro) e a tradição protocolar é içá-la até o topo do mastro e só depois trazê-la até a metade e, no arriamento, mais uma vez é içada até o topo do mastro e depois volta para ser dobrada e guardada, se for o caso.
A bandeira é definida clássica e tradicionalmente como sendo o símbolo visual representativo de um estado soberano, ou país, estado, município, província, organização, sociedade, clã, coroa, reino, ou seja, toda e qualquer entidade constituída. O estudo das bandeiras, estandartes e insígnias e das suas simbologias, é conhecido como “vexilologia”, palavra de origem latina.
A bandeira representa a soberania nacional. Não é só um simples pedaço de pano, pois em seu conteúdo é representada toda história de um povo, suas convicções, suas lutas e esperanças e, este artigo, objetiva primar pela excelência de veicular com clareza, informações acadêmicas que possam enriquecer a cultura do leitor. Diante do exposto, é de bom alvitre frisar que no total o Brasil teve 12 (doze) bandeiras.