OPINIÃO

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Mobilidade urbana exige planejamento

Tribuna do Norte

| Edição de 22 de outubro de 2015 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Com frota superior a 70 mil veículos, Apucarana já sofre os efeitos do trânsito congestionado, da falta de vagas de estacionamento e das dificuldades de locomoção. A convivência entre carros, ônibus, ciclistas e pedestres nem sempre é boa. Com isso, aumenta a cada ano o número de acidentes com mortes e feridos no perímetro urbano.

Diante desse contexto, que só tende a piorar com o aumento populacional e também da frota de veículos, é preciso tomar algumas medidas imediatas para fluir o trânsito e também de planejamento para o futuro. Caso contrário, há o risco concreto de o trânsito da cidade “travar” dentro de 20 ou 30 anos.

Pensando nisso, a prefeitura de Apucarana contratou um estudo de mobilidade urbana junto a uma empresa especializada. O trabalho foi concluído nesta semana e entregue ao prefeito Beto Preto (PT). O estudo, que indica ações a curto, médio e longo prazos, vai nortear a elaboração do projeto da Lei do Plano de Mobilidade Urbana de Apucarana, que será encaminhado em breve para a apreciação e aprovação da Câmara de Vereadores.

Localizada estrategicamente no Norte do Paraná, Apucarana conta com hoje com cerca de 130 mil habitantes. Polo regional, a cidade cresceu sem que houvesse, ao longo dos anos, um planejamento viário. Com isso, vários obstáculos urbanos se formaram e que agora cobram um preço muito alto na questão da mobilidade. A linha férrea é o principal exemplo. São poucas as transposições ferroviárias. Além disso, Apucarana se ressente da falta de ligações interbairros e vias rápidas, tornando o centro intransitável nos horários de pico.

Entre as sugestões de curto prazo apresentadas estão a revitalização da Avenida Minas Gerais, transformando-a em via expressa. Outra medida prevista é a implantação de um Terminal Logístico de Cargas. No médio prazo, o estudo indica nove pontos de transposição em desnível da linha férrea. Em longo prazo, a solução apontada é o contorno ferroviário, tirando a linha férrea do perímetro urbano. Enfim, é preciso definir metas e colocar em prática medidas em prol da mobilidade, desde intervenções de infraestrutura até melhorias no transporte urbano, com a licitação que vem sendo aguardada há anos.