OPINIÃO

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Projeto Parlamento Jovem é passaporte para cidadania

Da Redação

| Edição de 18 de abril de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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A Câmara de Apucarana iniciou a implantação do Parlamento Jovem. O projeto é do Tribunal Regional Eleitoral do Paraná (TRE-PR) e tem como objetivo estimular a participação dos jovens na política. Em tempos sombrios no Brasil, com denúncias de corrupção em vários níveis, essa iniciativa soa como fundamental para ajudar na conscientização e também na formação de pessoas como um senso mais crítico, seja como eleitores ou como futuros representantes no Legislativo e Executivo. 

O Parlamento Jovem no Paraná, segundo o TER-PR, é destinado aos estudantes dos ensinos fundamental e médio. A proposta é levar para “dentro das escolas o acompanhamento do transcorrer do processo eleitoral de escolha de um candidato a cargo eletivo, oportunizando aos estudantes conhecerem melhor a divisão dos poderes do Estado, em especial o Legislativo, debater problemas da comunidade e deliberar sobre sugestões de possíveis soluções com o intuito de promover maior formação política aos alunos da rede de ensino”.
A proposta da Justiça Eleitoral é fornecer os meios para que se realize uma eleição dentro da escola. Para isso, os alunos se dividirão em cinco partidos. Eles escolhem os candidatos que irão elaborar propostas sobre os temas problematizados pelos partidos, o que deve gerar uma análise aprofundada a questões que envolvem a vida dos cidadãos. 
A proposta visa criar, acima de tudo, uma mentalidade mais participativa do processo político, demonstrando que é possível fazer a diferença na sociedade ao discutir temas relevantes para a comunidade. É também uma forma de acabar com o preconceito envolvido na política, mostrando que uma pessoa pode se eleger para um cargo político e fazer a diferença na vida das pessoas. 
Além de Apucarana, esse projeto deveria ser colocado em prática em todas as escolas. Política e cidadania são indissociáveis. Os jovens precisam aprender desde cedo como funciona o processo eleitoral e também desenvolver uma consciência crítica sobre representatividade e a importância de construir uma cidade, um estado e um país melhores. 
Muitas pessoas criticam a política, mas sua participação é muito pequena para ajudar a mudar a realidade. Em alguns casos, nem o voto é levado em conta. Esse turbilhão que se tornou o país nos últimos anos, ao menos, colocou a política em pauta. Em ano de Copa do Mundo, as pessoas conhecem talvez até mais os nomes dos onze ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) do que dos onze titulares da Seleção Brasileira de Tite. Isso, inegavelmente, é algo positivo. No entanto, é preciso que essa consciência faça parte da cultura das pessoas. Não é uma questão de gostar ou não gostar de política, mas de envolvimento com a sociedade em que se vive.