POLÍTICA

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Deputado quer mais discussão sobre o Paraná na Assembleia

Edison Costa

| Edição de 18 de outubro de 2023 | Atualizado em 18 de outubro de 2023
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Odeputado estadual Requião Filho (PT) disse nesta quarta-feira em Apucarana, onde cumpriu agenda com lideranças políticas locais, ser a favor de que a Assembleia Legislativa do Paraná passe a discutir mais os assuntos de interesse do Estado. E reclamou do que considera baixo nível dos debates que vêm ocorrendo entre alguns parlamentares, segundo ele, repletos de xingamentos e agressões.

“Hoje a gente não debate na Assembleia Legislativa. Às vezes a Assembleia se passa por uma casa de carimbos”, afirmou ao TNOnline, reclamando que os projetos de interesse do Paraná passam em regime de urgência, sem o devido debate dentro do plenário e com a sociedade.

Para o petista, “nessa Legislatura que veio depois das eleições de 2022 parece que a pauta das discussões ficou entre Lula e Bolsonaro até hoje, não houve uma evolução”. Além disso, conforme comenta, alguns deputados começaram a passar dos limites com agressões a ministros do STF, ao presidente e ex-presidente e também entre si. “A gente não discute mais o Paraná”, avalia.

Requião Filho destaca que desde o primeiro mandato vem defendendo maior discussão sobre o Estado. “Vamos discutir a Copel, a Sanepar, as rodovias, a infraestrutura”, prega. Segundo ele, nos últimos meses o clima ficou tão tenso na Assembleia Legislativa a ponto de alguns deputados dizerem que não aguentam mais, que é preciso dar um basta nesta situação e colocar limites.

Nesta semana, em discurso na Assembleia Legislativa, Requião Filho também cobrou o cumprimento do Regimento Interno para todos os deputados igualmente. Segundo ele, às vezes o regimento tem um peso maior para uns do que para outros. “E o que a gente quer é que a lei seja igual para todos. A lei que protege e escolhe favoritos, ela não é lei”, observa.

Perguntado sobre a sua situação e do seu pai ex-governador Roberto Requião dentro do Partido dos Trabalhadores (PT), Requião Filho negou que ambos estariam esquecidos politicamente dentro do partido. “Esquecidos não, até porque a gente se faz lembrar”, disse, admitindo porém que existe ala dentro do PT que não concorda com suas ponderações políticas, mas também tem a ala que concorda.

“Nós fazemos críticas à política nacional, mas são críticas abertas ao rumo da economia, à falta de algumas políticas públicas e algumas pessoas dentro do partido acham que críticas não devem ser feitas ou expostas. Mas nós trabalhamos com política, somos personagens públicos. Nosso trabalho é para o público e para o povo”, assinala.

Edison Costa e Cindy Santos - [email protected]