POLÍTICA

min de leitura - #

Lira tem apoio de 16 partidos para sua reeleição na Câmara

Da Redação

| Edição de 28 de novembro de 2022 | Atualizado em 28 de novembro de 2022

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

O presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), caminha para ter uma vitória arrasadora na disputa à reeleição em fevereiro de 2023. O PT deve declarar apoio a Lira nesta semana, junto com o PV e o PCdoB, que fazem parte de sua federação, Brasil da Esperança. Como federação, eles terão de atuar pelos próximos quatro anos como se fossem uma única legenda. Além do partido do presidente eleito Lula, o PSB, do vice Geraldo Alckmin, também deve apoiar a recondução do deputado alagoano.

Caso a aliança com a federação encabeçada pelo PT e o PSB seja oficializada, Lira terá o apoio declarado ou sinalizado de 16 partidos, que somam 429 deputados (83% da Câmara). Em tese, o amplo leque garante uma vitória acachapante para Lira, principal distribuidor dos recursos do chamado orçamento secreto.

Já estão com Lira o PP (47 deputados), o União Brasil (59), o Republicanos (41), o PDT (17), o Podemos (12), o PSC (6), o Patriota (4), o Solidariedade (4), o Pros (3) o PTB (1). O PL, com 99 cadeiras, e o PSD, com 42, ainda não formalizaram o apoio ao líder do Centrão, mas a tendência é que também apoiem sua recondução ao cargo.

A aliança do PT com Lira está associada ao apoio do deputado à aprovação da chamada PEC da Transição, que autoriza o governo a gastar com o Auxílio Brasil (Bolsa Família). A decisão deve ser confirmada em reunião da bancada petista e, posteriormente, da federação. Lira prometeu dar celeridade à proposta assim que ela for enviada pelo Senado.

“Lira tem o compromisso de que o texto que sair do Senado (da PEC da Transição) a Câmara ratificará, votará imediatamente”, disse à CNN Brasil nesse domingo o deputado José Guimarães (PT-CE).

“Começamos a dialogar com ele (Arthur Lira) sobre nossa participação na reeleição dele, tendo em vista os interesses do governo (Lula). Nesta semana podemos fechar essa construção e, evidentemente, anunciar a posição oficial do PT”, completou o deputado, que é vice-presidente do PT. Lula prometeu que não se envolverá na disputa à presidência da Câmara para evitar eventuais problemas políticos no Congresso. Sem alternativa, os petistas consideram inevitável a aproximação com Lira. Do contrário, o futuro governo corre o risco de começar isolado.

Além do apoio à PEC da Transição, os petistas também reivindicam de Lira o comando da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ), a mais poderosa da Casa e pela qual passam obrigatoriamente projetos de lei e propostas de emenda à Constituição. (COM CONGRESSO EM FOCO)