POLÍTICA

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Lula diz que discussão sobre a economia é centro do debate eleitoral

Daniel Mello - Repórter da Agência Brasil (via Agência Brasil)

| Edição de 24 de outubro de 2022 | Atualizado em 24 de outubro de 2022
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Para o candidato do PT à Presidência, Luiz Inácio Lula da Silva, as discussões sobre economia são as mais importantes da campanha eleitoral. “A economia é o centro do nosso debate. É da economia que a sociedade brasileira sobrevive. Se a economia tiver bem, o povo estará bem. Se a economia estiver mal, o povo estará mal”, enfatizou ao falar à imprensa.

Entre os pontos que o candidato aponta como essenciais está a fome. “Porque você tem 30 milhões de pessoas passando fome. A fome tinha sido extirpada desse país”, ressaltou.

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A alta dos preços, especialmente dos alimentos, é outro ponto que, para Lula, precisa de atenção redobrada. “O governo fez toda a encenação para baixar a gasolina, ela voltou a subir outra vez. O preço dos alimentos não baixou até agora”, destacou.

Lula também trouxe a necessidade de que o salário mínimo seja reajustado além da reposição das perdas com a inflação. “O salário mínimo não é aumentado há cinco anos. Como é que você explica que em um país que você tem quase 70 milhões de pessoas que ganham um salário mínimo você passa cinco anos sem reajustar o salário mínimo? Não é possível”, enfatizou.

Para conter os ciclos de alta dos alimentos, o candidato defende a adoção do sistema de estoque regulador. “Todo país do mundo que queira ter o mínimo de soberania tem que ter um programa de segurança alimentar. Tem que ter uma política concreta de estoque regulador para que em qualquer momento de crise não falte alimentos no país. Nós utilizávamos a Conab [Companhia Nacional de Abastecimento] para fazer estoque regulador. Todos os alimentos que não eram perecíveis, a gente estocava. Quando o produto começava a aumentar no mercado, a gente liberava os produtos da Conab para equilibrar o preço”, disse em referência as medidas adotadas em seus governos anteriores.

Lula também alertou para a redução da produção de alimentos essenciais. “Hoje, nós temos vários produtos em que diminuiu a área de plantio. O feijão é um deles e a mandioca é outro. São dois alimentos que fazem parte do cotidiano e dos hábitos alimentares do povo brasileiro”, disse.

Segundo o candidato, é preciso incentivar os pequenos produtores e agricultores familiares para reverter a queda no plantio de itens essenciais. “Nós sabemos que quem produz 70% dos alimentos que vão para a mesa da sociedade brasileira são as propriedades até 100 hectares, a grande maioria da agricultura familiar. Nós temos que colocar mais dinheiro para crédito, mais dinheiro no Pronaf [Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar]”, defendeu.