POLÍTICA

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Presidente do TSE critica impressão de voto pela urna

Folhapress

| Edição de 20 de novembro de 2015 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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O presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro José Antonio Dias Toffoli , considera um "passo atrás" a impressão pela urna eletrônica do voto do eleitor. Para implementar o projeto, o ministro informa que o tribunal gastará R$ 1,7 bilhão. Na quarta-feira à noite, o Congresso derrubou o veto da presidente Dilma Rousseff à lei que prevê a impressão do registro do voto. De acordo com Dias Toffoli, não há tempo hábil para implementar a medida nas eleições de 2016. O procedimento, segundo ele, deve ser adotado nas eleições gerais de 2018.

Imagem ilustrativa da imagem Presidente do TSE critica impressão de voto pela urna

"Uma das vantagens da urna eletrônica foi acabar com a intervenção humana. A intervenção humana não deixa rastro. A intervenção tecnológica deixa rastro e é possível de ser auditada", afirma.

O ministro Toffoli entende que a adoção deste processo pode atrasar o resultado da eleição, caso algum candidato questione a apuração. Além de deixar brechas na recontagem dos votos.

"Isso criará a situação de análise por humanos. Se houver pedidos de recontagem será feita por humanos. Vocês lembram que no passado podia haver diferença entre o voto contado e o voto dado pelo mesário. É um passo atrás na cultura política brasileira", disse o ministro.

Toffoli está no Rio de Janeiro para presidir a 10° Reunião Interamericana de Autoridades Eleitorais, que reúne representantes de 30 países e da Organização dos Estados Americanos (OEA). Entre os temas discutidos estarão o financiamento público de campanha e o uso de redes sociais no processo eleitoral.

“Temos uma decisão do Supremo Tribunal de Justiça que proíbe a participação das empresas privadas nas campanhas eleitorais. Já para a eleição de 2016 não será possível a doação por empresas”, afirmou. “O grande desafio no Brasil continua sendo a quantidade de compra de votos e o abuso de poder da máquina pública nas campanhas eleitorais”.

Para Toffoli, o uso de redes sociais vai baratear o custo das campanhas eleitorais. “As mídias sociais ganham papel relevante. O Brasil tem mais celulares que habitantes. E são celulares com acesso a essas redes cada vez mais utilizadas, como WhatsApp, Facebook e Twitter”.