Bento Albuquerque não é mais o ministro de Minas e Energia. O decreto com a exoneração do cargo, a pedido, assinado pelo presidente Jair Bolsonaro, foi publicado no Diário Oficial da União desta quarta-feira.
Para o lugar de Bento Albuquerque, o presidente da República nomeou Adolfo Sachsida, servidor de carreira do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea). Ele ocupava a chefia da Assessoria Especial de Assuntos Estratégicos do Ministério da Economia.
Sachsida é doutor em Economia pela Universidade de Brasília (UnB) com pós-doutorado pela Universidade do Alabama, nos Estados Unidos. Ele também é advogado, especializado em Direito tributário.
Em seu perfil no Twitter, Sachsida agradeceu ao presidente pela “confiança” e ao ministro da Economia, Paulo Guedes. E também citou o ex-ministro Bento Albuquerque “pelo trabalho em prol do país”. “Com muito trabalho e dedicação espero estar à altura desse que é o maior desafio profissional de minha carreira. Com a graça de Deus vamos ajudar o Brasil”, escreveu, na rede social.
De acordo com o jornal Folha de S. Paulo, a queda do ministro Bento Albuquerque não tem a ver somente com a questão do preço do diesel, mas também com a posição contrária do ministro com a criação do Brasduto, fundo que pode contar com recursos do pré-sal e que bancará a construção de dutos de petróleo.
A posição do ministro era contrária ao tema, que interessa diretamente ao Centrão. O presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL), está articulando a criação, na próxima quarta-feira (18), de uma comissão especial para analisar o projeto de lei que moderniza o setor elétrico e, por meio dela, integrantes do Centrão pretendem colocar a previsão dos recursos para a rede de dutos.
Segundo o jornal O Estado de São Paulo, se isso ocorrer, o beneficiário será o empresário Carlos Suarez – cuja empresa tem autorização para fazer a distribuição de gás na região nordeste do país. (DAS AGÊNCIAS)