POLÍTICA

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PT nega que atos de Delcídio tenham favorecido partido

Editoria de Política

| Edição de 27 de novembro de 2015 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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O presidente do PT, Rui Falcão, disse ontem que há diferença entre o ex-tesoureiro do partido João Vaccari Neto e o senador Delcídio do Amaral (PT-MS), ambos presos no âmbito da Operação Lava Jato.

Questionado por que não manifestou ao senador, preso anteontem acusado de atrapalhar as investigações do esquema de corrupção na Petrobras, a mesma solidariedade dedicada a Vaccari, Rui afirmou: “Existe uma diferença clara entre atividade partidária e não partidária”.

Após a prisão de Delcídio, o presidente do PT emitiu nota para dizer que o partido “não se julga obrigado a qualquer gesto de solidariedade” a ele.

Segundo Falcão, que se diz “perplexo” com os fatos que levaram o Supremo Tribunal Federal a ordenar a prisão do senador, as tratativas atribuídas a Delcídio “não têm qualquer relação com sua atividade partidária, seja como parlamentar ou como simples filiado”.

Na avaliação do PT, Vaccari agiu em nome do partido. Delcídio, não.

O presidente do partido não quis comentar as críticas que recebeu da bancada do partido por ter negado solidariedade ao petista.

Na nota, Falcão sinalizou ainda com a hipótese de abertura de um processo na comissão de ética do PT, o que poderia culminar com a expulsão de Delcídio.

“É natural [essa reação negativa da bancada]. Só vou me manifestar agora na reunião da Executiva do partido”, disse, recomendando que os jornalistas ouçam o líder da bancada sobre a reação à nota.

Falcão disse que ainda não há data para a reunião em que será discutida a situação de Delcídio.

CONSELHO DE ÉTICA

Líderes do PSDB pediram ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que ele autorize a Mesa Diretora da Casa a enviar ao Conselho de Ética um ofício com a decisão tomada pela maioria dos parlamentares pela permanência da prisão do senador Delcídio do Amaral (PT-MS).

O documento seria o ponto de início para um processo de quebra de decoro parlamentar contra o petista, o que pode levar à cassação do seu mandato. O Senado terá que enviar o ofício para o Supremo Tribunal Federal para comunicar à Corte sobre a decisão tomada.