POLÍTICA

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Requião Filho promete fazer oposição consciente

Aline Andrade

| Edição de 16 de fevereiro de 2023 | Atualizado em 16 de fevereiro de 2023
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Odeputado estadual Requião Filho (PT), atual líder da oposição na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep), afirmou nesta quinta-feira em Apucarana, em entrevista ao Grupo Tribuna, que deve cobrar um debate mais aprofundado e maior transparência em relação às ações do governo Ratinho Junior (PSD). Conhecido por ser um crítico do atual governo desde o início do seu mandato anterior, o deputado promete fazer uma oposição consciente.

“Trabalho cobrando transparência e para que o debate seja mais aprofundado. Eu acho que nos últimos anos, a Alep tem diminuído o debate, ele tem ficado muito raso, praticamente uma casa de carimbos e isso não é bom para a democracia. Nós temos que ter pesos e contrapesos, balancear e fiscalizar. Então, nós vamos cobrar essa fiscalização e esse combate com muita veemência, dentro do plenário da Alep, buscando que os assuntos sejam sempre em favor do interesse público, não de grupos econômicos”, declarou o deputado. Requião Junior avalia que os primeiros meses do novo governo de Ratinho Junior não tem nada de novo. Segundo o deputado, até o momento, o governo tem sido “mais do mesmo”, com muita propaganda e poucos investimentos.

“O governo continua o mesmo. Ele já anunciou recentemente alguns bilhões em obras no estado do Paraná, e eu fui ver o orçamento e descobri que essas obras não estão no orçamento, por isso, estamos questionando, como oposição. A propaganda está bonita, a realidade está feia. De onde vem o dinheiro para essas obras, quem vai pagar por elas se elas não estão no orçamento? Seriam apenas mais promessas? Para mim, parece que é mais do mesmo”, alegou o líder da oposição.

COPEL E PEDÁGIO

Requião Filho defende que a privatização da Copel ainda é reversível, assim como o modelo de pedágio defendido pelo atual governo do Estado. Para ele, o governo Lula é fundamental para que ambos os assuntos sejam revisados.

“Nós da oposição não concordamos com a privatização da Copel, nós achamos que é um retrocesso. Aumenta custos, diminui investimentos, e piora o serviço. É possível reverter a privatização porque, antes de mais nada, ela é uma decisão política. Ela está baseada em um decreto do ex-presidente Jair Bolsonaro, que pode ser revogado a qualquer momento pelo presidente Lula”, disse.

De acordo com o novo líder da oposição na Alep, o modelo de pedágio defendido pelo Governo Ratinho Júnior deve sair mais caro do que o anterior, com menos previsão de obras, por isso, ele defende que o assunto seja rediscutido. Ele acredita que o fato de Lula estar na presidência e as rodovias serem pedagiadas pelo governo federal, traz esperança de mudança, porém o posicionamento do Ministro dos Transportes, Renan Filho, que tem relutado em alterar isso, pode atrapalhar.