POLÍTICA

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Sessão para julgar presidente da Câmara mobiliza Ivaiporã

DA REDAÇÃO

| Edição de 27 de janeiro de 2022 | Atualizado em 17 de fevereiro de 2022

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Foi aberta ontem à tarde, as 18 horas, a sessão extraordinária da Câmara Municipal de vereadores de Ivaiporã, que votaria o relatório final da Comissão Processante (CP) que versa sobre a cassação do mandato da vereadora Gertrudes Bernardy (MDB), atual presidente do Legislativo Municipal. A decisão era esperada para a madrugada.

Uma grande quantidade de moradores esteve na sede do legislativo. Por conta das restrições impostas pela pandemia, apenas parte do espaço destinado ao público pode ser ocupado. Muitos moradores acompanharam a sessão do lado de fora, onde a PM reforçou o esquema de segurança. A sessão também foi transmitida ao vivo pela internet. A maioria do público presente seguiu em apoio a Gertudes Bernardy, que foi a vereadora mais votada desta legislatura. Muitos moradores foram até o legislativo com faixas de apoio à presidente da Câmara.
A possibilidade de aglomeração gerou, inclusive, uma recomendação do Ministério Público para que fosse respeitado o distanciamento social.
A CP apura a participação da vereadora na comemoração do aniversário dela e de outros 6 servidores, realizada em junho de 2021, nas dependências da Câmara, quando estava em vigor decreto municipal proibindo festas e eventos que causassem aglomeração durante a pandemia.
A CP foi aprovada em novembro por quatro votos favoráveis e três contrários. Uma semana antes, foram arquivados pedidos de instalação de CP contra outros dois vereadores, denunciados pelo mesmo motivo. Todos os vereadores votaram favoráveis ao arquivamento. 
A sessão de julgamento do relatório da Comissão Processante já foi suspensa três vezes através de liminares obtidas na Justiça pela defesa da vereadora Gertrudes Bernardy, o advogado Leandro Coelho, que a acompanhou ontem na Comissão.
Houve discordância entre a defesa de Gertrudes e o presidente da CP, vereador Vila Real, a respeito do processo. Até as 22 horas de ontem, ainda estava sendo lido o relatório da comissão processante. O documento de mais de 700 páginas estava sendo lido na íntegra, contrariando pedido da vereadora para que fosse lido apenas o resumo final.
Após a leitura, ainda seria aberto tempo protocolar para os vereadores comentarem o processo e também para defesa para que então fosse dado início à votação. Até o fechamento desta edição, nem a defesa havia se pronunciado.