Os ataques violentos que vêm ocorrendo em escolas pelo País, em especial o registrado no último dia 5 numa creche de Blumenau-SC, onde morreram quatro crianças e outras ficaram feridas, dominaram os debates na sessão ordinária da Câmara de Apucarana realizada nesta segunda-feira. Vereadores pedem à administração municipal a implantação de medidas de segurança em todas as escolas e Centros Municipais de Educação Infantil (CMEIs) do Município.
As discussões tiveram início a partir de dois requerimentos dos vereadores Tiago Cordeiro de Lima (MDB) e Lucas Ortiz Leugi (PP), que apenas foram lidos no início da sessão e ainda nem entraram na pauta de votação. Tiago Lima pede ao Executivo a possibilidade de instalação de portões eletrônicos com identificador biométrico ou facial de todas as pessoas que chegam ao estabelecimento de ensino, assim como também detector de metal. Já Lucas Leugi sugere a colocação de seguranças armados durante todo o dia no horário de aulas.
Para Tiago Lima, apesar de os estabelecimentos de ensino terem câmeras de monitoramento, isso só não basta. Segundo ele, é preciso a adoção de mais medidas de segurança preventivas diante da escalada de violência que ocorre nas escolas e outros locais nos dias de hoje. “Esse é um problema que a gente vê cada vez mais porte da gente”, alertou Tiago Lima.
O vereador Lucas Leugi observou que hoje as escolas municipais e CMEIS já contam com vigilantes armados no período noturno, porém apenas para proteger os prédios públicos e os bens que existem no seu interior. No seu entender, é preciso acima de tudo proteger as pessoas, ou sejam, os alunos e professores durante as aulas. “Se isso não vai resolver a situação, pelo menos vai intimidar”, disse.
Outros vereadores defenderam a necessidade de se fazer um trabalho de orientação junto a alunos e professores e estudar uma maneira correta se evitar situações como essas. “Além dessas desgraças que têm acontecido, tem as desgraças das Fake News que pregam a desinformação”, lembrou o presidente da Câmara, vereador Luciano Molina Ferreira (PL).
O vereador Marcos da Vila Reis (PSD) comentou que muito do que acontece de mal nas escolas é culpa também do sistema, que não tem dado espaço para as religiões. “Hoje não se pode rezar um Pai Nosso na sala de aula, porque está proibido. “E onde Deus não entra, ali entra o diabo”, afirmou o vereador, que é um dos coordenadores em Apucarana do movimento Renovação Carismática Católica (RCC). Já o vereador Mário Felippe (PROS), que também integra a RCC, defendeu a necessidade de os pais protegerem e monitorarem seus filhos quanto a sites satânicos de relacionamentos que pregam o mal e, inclusive, levam crianças e adolescentes ao suicídio.
Sessão aprova dois projetos e um requerimento
Na sessão desta segunda-feira, a Câmara de Apucarana aprovou em redação final o projeto de lei dos vereadores Tiago Lima (MDB) e Rodrigo Recife (União Brasil, que denomina de “Rua Gastronômica” o trecho da Rua Oswaldo Cruz onde se concentram, bares, lanchonetes, restaurantes e outros estabelecimentos comerciais no ramo da alimentação. O mesmo projeto classifica a rua como Ponto de Turismo Gastronômico e cria o Conselho da Rua Oswaldo Cruz.
Ainda em segundo turno foi aprovado projeto de resolução do vereador Moisés Tavares (Cidadania), que autoriza a Câmara de Vereadores a disponibilizar sua estrutura para uso dos conselhos municipais.
Em turno único foi aprovado requerimento do vereador Lucas Leugi (PP), que pede informações à VAL sobre o cronograma de instalação de pontos de ônibus na cidade. Ele, assim como outros vereadores cobram da empresa o cumprimento dos dispositivos contidos em contrato.