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Campanha eleitoral e inteligência emocional: equilíbrio em tempos de pressão

Da Redação

| Edição de 03 de outubro de 2024 | Atualizado em 03 de outubro de 2024

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Acampanha eleitoral é um momento intenso, tanto para os candidatos quanto para os eleitores. De um lado, há a pressão constante por resultados, compromissos diários e a responsabilidade de defender ideias que possam transformar a vida das pessoas. De outro, os eleitores buscam candidatos que representem seus valores e anseios. Em meio a esse cenário, algo fundamental muitas vezes é deixado de lado: a inteligência emocional.

A inteligência emocional não diz respeito apenas a controlar sentimentos, mas a compreender as próprias emoções e as dos outros, e a saber responder de maneira equilibrada, mesmo em situações de grande pressão. Durante uma campanha, é fácil ver candidatos exaustos, estressados e, por vezes, reativos. As exigências são inúmeras: debates acalorados, reuniões intermináveis, críticas nas redes sociais. A inteligência emocional surge, então, como uma ferramenta valiosa para lidar com esses desafios.

Imagine um candidato em meio a um debate. Durante uma fala, ele é interrompido por críticas agressivas e insinuações. Um candidato emocionalmente desequilibrado pode reagir de maneira impulsiva, piorando sua imagem diante dos eleitores. Já aquele que desenvolveu sua inteligência emocional saberá reconhecer o que está sentindo — seja raiva, frustração ou ansiedade —, mas responderá de forma calma, com clareza e controle. Esse autocontrole não é apenas uma virtude pessoal; ele gera confiança nos eleitores, que enxergam ali alguém capaz de lidar com crises e adversidades com maturidade.

A inteligência emocional também é importante para os eleitores. Em tempos de campanha, as emoções muitas vezes ditam o rumo do voto. Sentimentos de medo, raiva ou esperança podem influenciar decisões. Quando um eleitor desenvolve inteligência emocional, ele consegue olhar para as propostas de forma mais racional, considerando o que é melhor para o bem comum e para a sociedade como um todo, sem se deixar levar apenas por discursos inflamados ou apelos emocionais.

Nas eleições, somos bombardeados por informações, promessas e discursos de todos os lados. É fácil ser capturado pelo excesso de estímulos, o que pode gerar confusão e indecisão. Para os eleitores, a inteligência emocional ajuda a filtrar esse excesso de informações, a manter a calma e a refletir com mais clareza sobre o que cada candidato realmente representa. Dessa forma, o voto se torna mais consciente e alinhado com os verdadeiros valores de cada pessoa.

Por outro lado, para os candidatos, a inteligência emocional não é apenas uma estratégia de controle pessoal, mas também de conexão com o eleitorado. Saber ouvir com empatia, reconhecer as emoções do público e abordar questões sensíveis de forma equilibrada são elementos que constroem confiança e proximidade. Um líder emocionalmente inteligente não apenas fala, mas também ouve, compreende e se coloca no lugar do outro.

Portanto, em uma campanha eleitoral, tanto candidatos quanto eleitores se beneficiam enormemente ao praticar a inteligência emocional. Para os candidatos, isso significa manter o foco em suas propostas, mesmo diante de desafios e pressões. Para os eleitores, significa escolher com clareza, sem se deixar levar por impulsos ou manipulações emocionais. No fim das contas, a inteligência emocional é o que ajuda a transformar uma campanha tensa em um processo mais equilibrado e justo, onde o que prevalece é a serenidade e o discernimento. Não se deixe levar pela emoção, afinal, quatros é tempo demais para se arrepender.

Thays N. D. Bomba