Em um mês ruim, Apucarana teve o melhor desempenho da região na geração de empregos com carteira assinada. Em contrapartida o saldo regional de janeiro, que envolve cinco municípios, foi de apenas um posto de trabalho criado no período, conforme informações do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) divulgadas ontem pelo Ministério do Trabalho e Previdência.
Entre 1.453 admissões e 1.361 desligamentos, Apucarana fechou janeiro com saldo de 92 vagas formais, a maior parte puxada pela indústria (151) e agropecuária (12). Contudo, mesmo que seja o melhor desempenho da região, o município nem chegou perto de alcançar o saldo registrado em janeiro do ano passado quando criou 595 postos de trabalho.
Arapongas, segundo maior município da região, perdeu 86 postos de trabalho no primeiro mês do ano. Embora tenha registrado 1.436 admissões, as demissões foram superiores, 1.522. Os setores com perdas de vagas foram a indústria (-147) e agropecuária (-28). Já serviços (56) e construção (31) fecharam com saldo positivo. No mesmo período do ano passado, Arapongas fechou janeiro com 332 postos formais.
Em Ivaiporã o saldo foi positivo em janeiro, com 32 vagas criadas, a maior parte no setor de serviços (8) e agropecuária (5). No ano passado o município teve 59 vagas formais.
Jandaia do Sul é outro município que perdeu vagas de trabalho no período (-47). Já Faxinal fechou o mês com 10 postos de trabalho criados em janeiro.
Na média entre os cinco municípios, o saldo foi de apenas um posto de trabalho criado no período. Em janeiro do ano passado, a região criou 1.010 vagas formais.
O economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus Apucarana, analisa que a geração de emprego tende a ser mais fraca no mês de janeiro, uma vez que a economia está iniciando um novo ciclo. “Muitos dos que entraram como empregados temporários no final do ano deixaram a vaga e outros foram efetivados. Isso tende a implicar em retração ao número de postos formais”, analisa.
O economista analisa ainda que o cenário regional sofre influência da atual conjuntura econômico nacional, uma vez que a inflação continua a mostrar aceleração e a renda das empresas sofre com a retração do consumo, já que boa parte dos salários são engolidos pela inflação.
“Este também foi um ponto importante para que as empresas contratassem menos, devido à incerteza do novo ambiente econômico de 2022 com a verificação de alta de inflação e de redução no consumo de seus produtos. Este foi também aspectos importantes da redução de contratação para toda a economia do Vale do Ivaí”, analisa.