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Arapongas amplia projeto que incentiva implantação de hortas comunitárias

Renan Vallim

| Edição de 17 de julho de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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O projeto de hortas comunitárias desenvolvido pela Prefeitura de Arapongas em parceria com a comunidade tem ganhado espaço e novos parceiros. Uma nova legislação aprovada no fim de 2017 fez com que as três hortas existentes no ano passado se multiplicassem, devendo chegar a sete nas próximas semanas. A mais recente foi criada na sede da 7ª Companhia de Polícia Militar, e contará com a colaboração de policiais e também da comunidade que mora no entorno.

Imagem ilustrativa da imagem Arapongas amplia projeto que incentiva implantação de hortas comunitárias


O secretário de Agricultura, Serviços Públicos e Meio Ambiente de Arapongas, Luiz Gonzaga Pereira, destaca o envolvimento da comunidade para que o projeto tenha êxito. “Este tipo de ação depende muito dos moradores, que têm dado o suporte necessário em todos os pontos da cidade ode implantamos as hortas comunitárias. Cada espaço tem características próprias, já que é a comunidade do local que decide o que fazer com os produtos, o que cultivar e de que maneira”, diz.
As hortas comunitárias não são novidade na cidade. A mais antiga ainda em atividade fica no Conjunto Ulisses Guimarães. No entanto, ela foi a única do município por um bom tempo, até que os conjuntos Piacenza e Arapongas III foram entregues, no início de 2017. Eles ganharam hortas comunitárias com apoio da prefeitura e do Banco do Brasil, que financiou as residências nos dois bairros.
Fátima Aparecida de Abreu é vendedora e coordenadora de uma das hortas comunitárias, no Residencial Arapongas III. No local é cultivado alface, almeirão, couve, cebolinha, salsinha, entre outras plantas. “A horta, além dos produtos cultivados, funciona como uma terapia. Trabalhar na terra é muito importante para nós. Já estamos inclusive comprando novas mudas para continuar a cultivar as hortaliças”, ressalta.
Os três exemplos motivaram a prefeitura a criar uma lei estabelecendo melhor a participação do poder público nos locais. Isso incentivou o projeto a expandir, criando novos espaços de cultivo junto à Santa Casa de Arapongas, à Escola Municipal Professora Antonica Franciosi e, mais recentemente, à Polícia Militar de Arapongas.
“Estamos desenvolvendo esta horta há cerca de um mês e convidamos a comunidade a participar. Era um espaço ocioso dentro da sede da 7ª Companhia e que, agora, terá policiais e membros da comunidade trabalhando juntos, em uma integração muito importante para nós”, destaca a soldado Gisele Cristina Batista, auxiliar de Relações Públicas da unidade. Ela lembra ainda que o Grupo de Exploradores Feras do Sul também faz parte da empreitada.

APOIO PÚBLICO
As hortas comunitárias são implantadas em áreas públicas municipais e em área de utilidade pública não utilizada. O fornecimento de mudas de plantas, adubo, maquinário, assistência técnica e até água para irrigação é de responsabilidade da prefeitura, seja através da rede de água comum, seja por meio de cisternas que armazenam água da chuva.
As hortas comunitárias são livres de agrotóxicos e têm vínculos com as associações de moradores locais. Os participantes decidem o destino dos alimentos, que podem ser consumidos, doados ou vendidos. Cada uma tem um coordenador, eleito a cada dois anos.
“A próxima será feita junto à usina de reciclagem do município. Mas não vamos parar por aí. A horta da escola ‘Antonica’ é um projeto-piloto, que queremos expandir para o maior número de escolas possível”, destaca o secretário.