A Coordenadoria Estadual da Defesa Civil do Paraná vai enviar, na manhã de hoje, uma equipe a São Paulo para auxiliar na documentação dos municípios atingidos pelas chuvas durante o Carnaval. No domingo (19), o governador Ratinho Junior colocou à disposição do governo paulista equipes paranaenses para ajudarem na reconstrução e resgate das vítimas afetadas pelos desastres no litoral paulista.
Foram destacados o major Daniel Lorenzetto, chefe do Centro de Estudos e Pesquisas sobre Desastres (Ceped), da Divisão de Gestão de Desastres e do Centro Logístico Estadual da Defesa Civil; o capitão Anderson Gomes das Neves, chefe do Centro Estadual de Gerenciamento de Riscos e Desastres (Cegerd); e o cabo Silvio Rodrigo Ribas de Araújo Correia, que também faz parte da estrutura do Cegerd.
Os três têm experiência na elaboração da documentação que deve ser apresentada por municípios atingidos por desastres, como formulários de avaliação de danos, mapas das áreas afetadas e relatórios sobre a intensidade do impacto social. O major Daniel e o capitão Gomes também fazem parte do Grupo de Apoio a Desastres (Gade), da Defesa Civil Nacional e já auxiliaram em eventos como as inundações no Sul da Bahia, em 2021, e os deslizamentos de terra em Petrópolis (RJ), no ano passado.
O capitão Gomes explica que o auxílio aos municípios na elaboração das declarações de normalidade, situação de emergência ou de estado de calamidade pública é uma das fases de trabalho da Defesa Civil em casos de desastre, feito de forma concomitante às ações de resposta. Esse passo é necessário para que as prefeituras possam agilizar recursos estaduais ou federais para atender as necessidades da população e a possível reconstrução dos locais afetados.
“Os municípios podem acessar recursos para a assistência humanitária, como a compra de cestas básicas, além de valores para o restabelecimento de vias e bueiros, entre outras obras”, diz.
O papel da Defesa Civil paranaense, nesse sentido, é prestar uma orientação técnica às prefeituras. “Sem ter tudo isso bem documentado com dados técnicos, o município não consegue captar essa verba do governo federal e teria que utilizar recursos próprios ou pode não conseguir oferecer à população um auxílio de qualidade”, ressalta Gomes.
Uma equipe de elite do Corpo de Bombeiros também foi colocada à disposição do governo paulista.
Segundo o último boletim do Governo de São Paulo, 48 óbitos foram confirmados, sendo 47 em São Sebastião e um em Ubatuba. São 1.730 desalojados e 1.810 desabrigados.