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Em cinco anos, número de alunos na educação especial cresce 23% na região

Cindy Santos

| Edição de 21 de maio de 2024 | Atualizado em 21 de maio de 2024
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Nos últimos cinco anos, o número de alunos matriculados no ensino especial inclusivo da educação básica avançou na região. Dados do Instituto Nacional de Pesquisas Educacionais (INEP) mostram que no ano passado eram 5,1 mil estudantes nessa modalidade na área do Núcleo Regional de Educação (NRE) de Apucarana, que compreende 16 municípios. O número corresponde a um aumento 23,6% em comparação com 2019 quando 4,1 mil alunos estavam matriculados no ensino especial.

Conforme o levantamento, a presença de alunos com necessidades especiais cresceu tanto nas salas regulares quanto nas classes especiais. Há cinco anos eram 2,3 mil alunos nas salas regulares e 1,7 mil em salas especiais. Números que aumentaram para 3,8 mil (28%) estudantes em salas regulares e 2,1 mil (23%) em sala especial. Em toda a área do NRE, os alunos com necessidades especiais correspondem a 18,2% do total de 28,3 mil estudantes matriculados.

Em Apucarana, sede do núcleo, 1,8 mil alunos estão matriculados no ensino especial, sendo 1,2 mil em salas regulares e 591 em classes especiais. O número é quase 21,5% maior que há cinco anos, quando eram 1,5 mil estudantes com algum tipo de deficiência. 

Somente na rede municipal são atendidos 822 estudantes com 39 tipos de deficiência como autismo, esquizofrenia, deficiência visual, déficit de atenção, surdez, síndrome de down, entre outras. “São muitas deficiências e uma é diferente da outra. O que fazemos é atender cada aluno visando suas potencialidades”, assinala a diretora do Centro de Apoio Multiprofissional Escolar, Léia Viale.

De acordo com ela, o aluno com necessidades especiais estuda no ensino regular e recebe atendimento na sala de recursos multifuncional duas vezes por semana. São realizadas atividades adaptadas conforme suas especificidades e, na classe especial, o atendimento ocorre diariamente durante 4 horas, com objetivo de sanar dificuldades de aprendizagem e trabalhar a autoestima. “Um dos principais desafios é conseguir que o aluno lide com suas próprias emoções, vença o preconceito e conquiste a cooperação da família com mais comprometimento”, afirma.

Para ela, o aumento de alunos com necessidades especiais na rede municipal se deve ao trabalho colaborativo entre a equipe da educação especial e pedagógica que oferecem amparo garantido por lei para o desenvolvimento pleno do processo de aprendizagem dos estudantes, despertando o interesse das famílias em inserir a pessoa com deficiência no atendimento educacional especializado que o município dispõe.