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Entregadores de aplicativo fazem manifestação

Claudemir hauptmann

| Edição de 30 de março de 2022 | Atualizado em 29 de março de 2022
Motoboys passaram pela área central de Apucarana
Motoboys passaram pela área central de Apucarana

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Os motociclistas de aplicativo de Apucarana fizeram ontem um dia de manifestações no centro da cidade. Os motoboys, que ainda não são organizados em associações ou sindicatos, fizeram um protesto pelas ruas centrais. A manifestação chama atenção para o alto custo dos combustíveis e das condições de trabalho da categoria. Segundo os motociclistas, a mobilização é pelo aumento na taxa de entrega, que tem mínimo fixado em R$ 5,31, e tem inviabilizado a atividade, principalmente depois da alta dos combustíveis.

“O que a gente pede é que olhem por nós. Nós não temos seguro de vida, seguro da moto, manutenção da moto, é tudo por nossa conta”, comenta a motoboy Fabiana Cristina Capobianco.

Milton Bruno de Souza, 26 anos, que trabalha com entregas para aplicativos há um ano, explica que os R$ 5,31 pagos por entrega, é o mesmo valor pago desde 2012. 

Os motociclistas com apoio de um carro de som. O tempo todo chamavam a atenção da população sobre as condições de trabalho dos entregadores. “As pessoas não têm ideia de que rodamos em média mil quilômetros por semana, ou seja, temos que trocar o óleo da moto semanalmente. E isso custa pelo menos R$ 30. Os pneus, que há um ano custavam R$ 100, estão mais de R$ 200. E os valores que nos pagam são os mesmos”, desabafa Milton.

Durante a manifestação, os motociclistas fizeram um apelo para que os usuários de aplicativos deem gorjetas como forma de ajudar a categoria. “É uma forma de nos ajudarem, de reconhecerem a importância de nosso trabalho”, diz o motoboy.

O sistema de gorjeta, inclusive, é previsto nos aplicativos e, segundo os entregadores, algumas empresas ainda retêm parte da gorjeta como taxa de transferência para os motociclistas. A categoria promete fazer nova manifestação.

Categoria reclama da precariedade das condições de trabalho

•Motoboys recebem R$ 5,31 por entrega, valor que não é reajustado desde 2012

(CLAUDEMIR HAUPTMANN)

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