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Feirantes se adaptam às vendas durante a pandemia

DA REDAÇÃO

| Edição de 14 de agosto de 2020 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Com mais vinte de anos de atividade, a feirante Odete da Luz Paula Silva, 61 anos, se viu em casa pela primeira vez por conta da pandemia. No período de quase um mês que as feiras foram suspensas ela acabou transformando o problema em uma nova oportunidade de negócio e criou um delivery de verduras, que foi a solução adotada para evitar as perdas que também chegaram à agricultura familiar. 

“Eu e minha família, meu marido José Valdomiro, meus filhos e noras, trabalhamos com isso, é o nosso sustento. Participamos de todas as feiras. Quando começou a pandemia, tinha tomate na estufa começando a madurar e perdemos muito. Perdemos mais de três mil pés de alface, de repolho, brócolis. Não tinha o que fazer, e então surgiu a ideia, vamos anunciar e fazer entrega”, conta a feirante. O negócio deu tão certo que Odete vai continuar com o sistema. São aproximadamente 30 cestas entregues por semana. “Tivemos a ideia em um momento ruim, mas que foi nossa melhor opção. Tem dado certo e vamos continuar”, finaliza.
Com o retorno das feiras, os feirantes também precisam se adaptar. Por conta da pandemia, além da exigência do trabalho com máscaras e luvas, todos os alimentos só podem ser vendidos empacotados, aumentando o trabalho. 
O presidente da Associação de Feirantes da Feira do produtor, Zacarias Baganha, as novas medidas demandam maior tempo de trabalho de quem atua no setor. Ele também destaca que o prejuízo dos agricultores foi grande. “Os feirantes são todos pequenos, juntou muitas contas, agora as coisas estão melhorando, mas o nosso público principal que são os idosos, eles não podem ir ainda para a feira. Eu, na minha propriedade, perdi uns cinco mil pés de alface, fora as outras verduras”, comenta. (SÍLVIA VILARINHO)