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Polícia tem 70 boletins abertos de pessoas desaparecidas na região

Renan Vallim

| Edição de 17 de novembro de 2018 | Atualizado em 25 de janeiro de 2022

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Existem 70 moradores da região cadastrados no Sistema de Pessoas Desaparecidas da Polícia Civil do Paraná. São pessoas que sumiram e não tiveram as invetigações oficialmente encerradas porque não foram encontradas ou porque não houve notificação de familiares. O caso mais antigo na região aconteceu em Lidianópolis, em 2009. O mais recente foi registrado nesta semana.

O sistema da Polícia Civil paranaense divide os casos entre menores e maiores de 12 anos. Entre os menores de 12 anos, são apenas dois casos. Um deles aconteceu em Arapongas e é o caso mais recente da região inserido no sistema. Um garoto de nove anos está desaparecido desde a última terça-feira (13). Com cabelos e olhos castanhos, ele usava uma bermuda escura e uma camiseta vermelha com gola polo no dia do desaparecimento.
O outro caso aconteceu em Lidianópolis, há quase 10 anos, sendo o caso mais antigo da região no registro. Arieli Botelho, na época com dois anos, vestia blusa rosa, calça marrom e sandálias brancas enquanto brincava no quintal de casa, em um sítio na localidade de Água da Barra Preta, quando sumiu. O caso aconteceu em 15 de maio de 2009. Acionados, bombeiros realizaram buscas por quase um mês, auxiliados por cães farejadores e voluntários, mas nada foi encontrado.

Imagem ilustrativa da imagem Polícia tem 70 boletins abertos de pessoas desaparecidas na região


O delegado da 17ª Subdivisão Policial (SDP) de Apucarana, Marcos Felipe da Rocha Rodrigues, explica que, em casos de desaparecimento, o auxílio da comunidade é fundamental. “O apoio da população, fornecendo informações que levem a polícia a encontrar a pessoa desaparecida, é muito importante. Tanto é que, quando registramos um Boletim de Ocorrência de desaparecimento, uma das principais orientações que damos é que a família divulgue fotos e informações da pessoa que sumiu, inclusive procurando a imprensa”.
Segundo ele, investigações envolvendo pessoas desaparecidas têm alguns fatores que dificultam o trabalho policial. “A principal dificuldade, que afeta todos os casos da delegacia, é a falta de efetivo policial. Temos dificuldades em disponibilizar equipes para realizar estes trabalhos de forma dedicada. Apesar disso, apuramos todas as informações que chegam até nós. Outro fator que complica a investigação é que, à medida que o tempo passa, fica mais difícil conseguir novas pistas. Há ainda casos em que informações falsas são dadas à polícia”, diz.
No total, são 39 homens desaparecidos e 31 mulheres. Arapongas é a cidade com maior número de casos: 21. Depois vem Apucarana, com 15, seguida por São João do Ivaí e São Pedro do Ivaí, ambas com quatro casos cada. Entre as pessoas desaparecidas, 44 delas, ou 63%, tinham menos de 30 anos quando sumiram. Um em cada quatro desaparecidos tinha entre 14 e 16 anos