O prefeito de Faxinal, Ylson Cantagallo (MDB), o Galo, anunciou ontem uma série de medidas visando reduzir gastos da máquina administrativa. Entre elas, ele cita o corte de 5% dos salários do próprio prefeito, do vice, de todos os secretários e ocupantes de cargos de confiança, além de parte das gratificações e de todas horas extras.

Além disso, máquinas e caminhões foram recolhidos ao pátio rodoviário, devendo ser utilizados apenas em serviços emergenciais. Os únicos setores não abrangidos pelo corte de gastos são os de saúde e educação.
Com a redução de despesas na folha de pagamento, o prefeito espera uma economia de pelo menos R$ 70 mil por mês. O decreto assinado pelo prefeito vale por 120 dias, podendo ser prorrogado por mais tempo havendo necessidade. A folha salarial do mês de maio já foi paga com esses descontos.
O prefeito Galo explica que a arrecadação do município vem caindo drasticamente nos últimos meses, enquanto os custos da máquina administrativa vêm aumentando. Segundo ele, de janeiro a maio deste ano o município de Faxinal teve uma queda de aproximadamente R$ 1 milhão na sua arrecadação referente aos recursos livres, principalmente do FPM (Fundo de Participação dos Municípios) e ICMS (Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços). “A crise econômica do País afeta diretamente os municípios, em especial os pequenos do interior”, avalia Galo. “Com a queda de receita, temos que tomar medidas drásticas para pelo menos manter os serviços básicos à população, que são a saúde e a educação”, justifica.
Ao fazer corte de salários, de gratificações e horas extras no quadro de pessoal, o prefeito assinala que isso era o que tinha que fazer para não mandar ninguém embora. “Não seria justo deixar famílias de servidores desamparadas”, assinala. “Da mesma forma, não podemos prejudicar o atendimento da população na saúde e na educação”, complementa.
O prefeito informa que tem investido recursos próprios na saúde e na educação desde o ano passado. Ele observa que antes o município tinha apenas três médicos, hoje conta com dez; tinha três dentistas, hoje tem sete; tinha um fisioterapeuta, hoje conta com quatro. Além disso, foram reformadas várias unidades básicas de saúde. E na educação foram adquiridos três ônibus para o transporte de universitários.