Mais dois óbitos por dengue foram registrados na região ontem, no último informe técnico do ano epidemiológico 2021-2022, iniciado em 1º de agosto de 2021 e encerrado em 31 de julho de 2022, divulgado pela Secretaria de Estado da Saúde (Sesa-PR). As duas mortes são de Arapongas, município que soma agora cinco óbitos provocados pela doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti no período. A região fechou o ciclo epidemiológico com aumento de 916,5% nos casos e de 400% nos óbitos por dengue.
As duas últimas mortes registradas em Arapongas são de uma mulher de 82 anos e de um homem de 79. O Paraná confirmou mais dez óbitos por causa da doença em outras sete cidades do Estado: Foz do Iguaçu, Jataizinho, Cascavel (três óbitos), Maringá (dois óbitos), Tamarana, Marechal Cândido Rondon e Palotina.O Paraná encerrou o ciclo com 88 óbitos e 132.328 casos confirmados.
Com os números divulgados ontem, a 16ª Regional de Saúde (RS), de Apucarana, fecha o ano epidemiológico com 4.737 casos e cinco óbitos (todos em Arapongas). O número é bem superior ao registrado no período epidemiológico anterior (2020-2021), quando a região fechou com 466 casos e um óbito (em Apucarana).
A 16ª RS encerrou o período com nove municípios em situação de epidemia, quando o índice é superior a 300 casos para cada 100 mil habitantes: Arapongas (3.003 casos); Borrazópolis (46 casos); Bom Sucesso (95 casos); Faxinal (137 casos); Grandes Rios (59 casos), Jandaia do Sul (240 casos), Marumbi (698 casos), Sabáudia (80 casos) e Rio Bom (11 casos). No período anterior, apenas duas cidades registraram epidemia: Kaloré e São Pedro do Ivaí.
Também tiveram casos da doença confirmados na região neste ano epidemiológico Apucarana (248), Califórnia (13), Cambira (28), Kaloré (10), Marilândia do Sul (34), Mauá da Serra (6), Novo Itacolomi (5) e São Pedro do Ivaí (23).
O chefe da 16ª RS de Apucarana, Marcos Costa, afirma que a regional já está trabalhando junto aos municípios para reduzir os índices de infestação de Aedes aegypti, os casos e os óbitos por dengue no próximo ano epidemiológico, que iniciou agora em 1º de agosto. Ele assinala que o aumento ocorreu após um relaxamento da população em relação às medidas de prevenção, que envolvem, principalmente, a limpeza dos quintais das casas para evitar possíveis criadouros do mosquito. “A população precisa colaborar. Caso contrário, o combate à dengue é muito mais difícil. Esses óbitos registrados em Arapongas demonstram que a doença é perigosa e pode matar. É preciso atuar de forma conjunta para controlar a doença”, completa Marcos.