ABRAHAM SHAPIRO

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Altos furtos no varejo

Da Redação

| Edição de 12 de agosto de 2024 | Atualizado em 12 de agosto de 2024

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Além dos desafios impostos pela economia, o comércio brasileiro enfrenta uma crescente onda de furtos dentro das lojas, gerando grandes preocupações no setor varejista. No ano passado, esse tipo de crime disparou, sendo responsável por quase um terço das perdas totais no varejo. Um exemplo emblemático é o aparentemente inofensivo chocolate, que, somado a outros pequenos itens, contribui significativamente para essa estatística alarmante.

A soma dessas pequenas perdas resulta em um prejuízo bilionário para o setor. Em 2023, as perdas com furtos e fraudes no varejo atingiram impressionantes R$ 35 bilhões. Para colocar esse valor em perspectiva, é quase equivalente ao volume de vendas das maiores redes de lojas e representa mais da metade do faturamento de várias redes menores.

Esses furtos costumam envolver itens de pequeno valor, que muitas vezes passam despercebidos pelos funcionários, incapazes de identificar que os clientes estão saindo sem pagar. Supermercados e farmácias são os principais alvos desses crimes. Além disso, nos últimos anos, têm surgido casos em que os próprios empregados burlam o sistema de rastreio de vendas e contagem de produtos.

A impunidade também alimenta esse cenário, pois a maioria dos casos de furto não chega à Justiça. Muitos representantes do setor preferem não processar os culpados para evitar controvérsias ligadas a acusações de discriminação. Como resultado, as empresas investem pesadamente em segurança, com câmeras e outros meios de prevenção, elevando ainda mais seus custos operacionais.

Diante desse cenário, parte desses gastos inevitavelmente é repassada aos consumidores, resultando em aumentos nos preços dos produtos. 

Fácil de entender. Difícil de aceitar.