A inflação medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) encerrou julho com uma alta de 0,21%. No acumulado de doze meses, o índice, que reflete o custo de vida para famílias com renda de até cinco salários mínimos, atingiu 5,13%. Os dados foram divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta terça-feira (12).
Em julho, o IBGE observou uma queda de 0,38% nos preços dos produtos alimentícios, marcando o segundo mês consecutivo de redução. Em junho, a queda havia sido de 0,19%.
Desde fevereiro, quando o INPC registrou uma alta de 1,48%, o índice vem apresentando cinco quedas consecutivas. Confira o comportamento dos grupos em julho:
- Alimentação e bebidas: -0,38%
- Habitação: 0,86%
- Artigos de residência: 0,14%
- Vestuário: -0,52%
- Transportes: 0,19%
- Saúde e cuidados pessoais: 0,57%
- Despesas pessoais: 0,97%
- Educação: 0,06%
- Comunicação: -0,11%
INPC e IPCA: qual é a diferença?
O IBGE também divulgou que a inflação oficial do país, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), foi de 0,26% em julho, acumulando 5,23% nos últimos 12 meses.
A principal diferença entre os dois índices está no público-alvo: o INPC é voltado para famílias com renda de até cinco salários mínimos, enquanto o IPCA abrange lares com renda de até 40 salários mínimos. Atualmente, o salário mínimo é de R$ 1.518.
Os grupos de preços pesquisados têm pesos diferentes nos índices. No INPC, por exemplo, os alimentos representam 25% do índice, mais do que no IPCA (21,86%), refletindo o fato de que famílias de menor renda gastam proporcionalmente mais com alimentação. Por outro lado, o preço das passagens aéreas tem menor peso no INPC em comparação ao IPCA.
A coleta de preços é realizada em dez regiões metropolitanas, incluindo Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba e Porto Alegre, além de Brasília e nas capitais Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Reajustes
O INPC é amplamente utilizado como indexador para o reajuste anual de salários em diversas categorias. O salário mínimo, por exemplo, é ajustado com base no INPC anual de novembro para determinar o valor do ano seguinte. Outros benefícios, como o seguro-desemprego e o teto do INSS, são reajustados com base no resultado de dezembro.
Segundo o IBGE, o objetivo do INPC é corrigir o poder de compra dos salários, mensurando as variações de preços da cesta de consumo das famílias assalariadas de menor renda.
Com informações da Agência Brasil