A partir de 1º de janeiro de 2026, o salário mínimo no Brasil será de R$ 1.621, um aumento de 6,8% em relação ao valor anterior de R$ 1.518. Este reajuste foi oficializado pelo governo federal através de publicação no Diário Oficial da União.
O cálculo do salário mínimo é baseado na inflação acumulada até novembro, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), somada ao crescimento da economia de dois anos antes, limitado a um máximo de 2,5% ao ano devido ao teto de gastos.
Essa fórmula garante um aumento real do salário mínimo, contrastando com as políticas dos governos anteriores de Michel Temer e Jair Bolsonaro, que ajustavam o mínimo apenas pela inflação. O Departamento Intersindical de Estatística e Estudos (Dieese) destacou que o modelo anterior prejudicava o poder de compra em tempos de inflação elevada, pois a recomposição salarial ocorria apenas uma vez ao ano, deteriorando o salário mínimo real.
O Dieese também apontou que a reposição da inflação entre 2020 e 2022 não foi suficiente para compensar o aumento dos preços dos alimentos, que subiram acima da média, afetando desproporcionalmente as famílias de baixa renda.
Conforme a Constituição Federal, o salário mínimo deve cobrir as necessidades básicas de um trabalhador e sua família, incluindo moradia, alimentação, saúde, lazer, higiene e transporte. No entanto, o Dieese estima que, para atender essas necessidades, o salário mínimo deveria ser de R$ 7.067,18 para uma família de quatro pessoas em novembro de 2025, o que equivale a 4,3 vezes o novo piso nacional.
Atualmente, cerca de 62 milhões de brasileiros recebem o salário mínimo. Com o novo valor de R$ 1.621, a expectativa é de que haja um incremento de R$ 81,7 bilhões na economia.
Com informações da Agência Brasil