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Belém faz parceria para instalar painéis solares em unidades públicas

(via Agência Brasil)

| Edição de 15 de setembro de 2025 | Atualizado em 15 de setembro de 2025

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A prefeitura de Belém está prestes a implementar uma iniciativa que promete economizar R$ 1,1 milhão anualmente, através da instalação de painéis solares em duas unidades de saúde e duas escolas municipais. Esta ação é fruto de uma parceria com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur).

O acordo firmado prevê que os painéis sejam fornecidos, instalados e mantidos sem custos para a prefeitura. As unidades beneficiadas são a Unidade de Saúde da Família Guamá e as escolas municipais Pedro Demo e Helder Fialho, ambas localizadas no distrito de Outeiro.

“Hoje, ao firmar essa parceria em uma área tão importante como a energia renovável, damos um passo para gerar economia aos cofres públicos, promover a sustentabilidade e contribuir para a preservação do nosso clima”, comentou o prefeito Igor Normando.

Em comunicado, a prefeitura esclareceu que as quatro unidades escolhidas para receber os painéis solares foram selecionadas com base no volume de consumo energético e no atendimento a populações em situação de vulnerabilidade.

Critérios de Seleção

A Unidade de Saúde Guamá foi selecionada por ser a que mais atende a população, resultando em um maior consumo de energia elétrica. As duas escolas no distrito de Outeiro foram escolhidas por também atenderem refugiados venezuelanos da comunidade indígena Warao, que buscam refúgio no Brasil.

Indígenas Warao

De acordo com a Acnur, havia pouco mais de 7 mil indígenas Warao distribuídos pelo Brasil no ano passado, com cerca de 800 vivendo na região metropolitana de Belém. A cidade tem se consolidado como um ponto de trânsito e destino para os Warao e outras nacionalidades.

A parceria oficializada recentemente estabelece novas bases para a cooperação técnica entre a Acnur e os órgãos municipais, com o objetivo de promover ações conjuntas em prol da proteção, assistência e integração de refugiados, solicitantes de asilo e apátridas.

Planos Futuros

Entre as ações previstas estão o apoio mútuo a iniciativas de acolhimento e integração de grupos vulneráveis, incluindo acesso a documentos e oportunidades de trabalho e renda. A parceria tem validade inicial de dois anos, podendo ser renovada, e servirá de base para planos de trabalho conjuntos que garantam a implementação de políticas públicas inclusivas e a ampliação do acesso a serviços essenciais.

A assinatura do acordo também marca o início da colaboração entre a Acnur e a empresa chinesa Longi, fabricante dos equipamentos de energia solar.

O representante da Acnur no Brasil, Davide Torzilli, confirmou a presença da entidade na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que ocorrerá em Belém, em novembro deste ano.

“É preciso que refugiados integrem os debates sobre justiça climática, trazendo seus pontos de vista para contribuir com as discussões globais a partir da realidade local. Sua inclusão fortalece os serviços públicos e gera benefícios concretos para toda a comunidade, promovendo sociedades mais resilientes e inclusivas”, afirmou.



Com informações da Agência Brasil