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Operação combate esquema de apostas online e lavagem de dinheiro no RJ

(via Agência Brasil)

| Edição de 16 de outubro de 2025 | Atualizado em 17 de outubro de 2025

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Uma operação policial, denominada Banca Suja, foi deflagrada nesta quinta-feira (16) em Duque de Caxias, Belford Roxo e no município do Rio de Janeiro, com o objetivo de desmantelar uma organização criminosa envolvida em um esquema milionário de apostas online, fraudes e lavagem de dinheiro. O grupo, que movimentou mais de R$ 130 milhões em três anos, teve R$ 65 milhões bloqueados em contas bancárias e R$ 2,2 milhões em bens apreendidos, incluindo oito automóveis.

A Polícia Civil adotou a estratégia de "seguir o dinheiro" para enfraquecer as bases econômicas das organizações criminosas. "Ao atacar os fluxos financeiros, a Polícia Civil vai além da repressão direta e enfraquece as estruturas econômicas que sustentam redes criminosas", explicou o secretário de Polícia Civil, delegado Felipe Curi.

As investigações revelaram conexões entre o grupo e a máfia do cigarro, localizada em Duque de Caxias. Empresas que comercializam filtros de cigarro recebiam transferências suspeitas de pessoas jurídicas ligadas ao núcleo principal da organização criminosa. O esquema demonstra um alto nível de articulação interestadual e nacional, algo incomum no estado.

Impacto Econômico e Social

O diretor do Departamento-Geral de Combate à Corrupção, ao Crime Organizado e à Lavagem de Dinheiro, delegado Henrique Damasceno, destacou a importância de ações como essa, que resultam no bloqueio de dezenas de milhões de reais. "O dinheiro recuperado pode ser revertido em favor da própria Polícia Civil, fortalecendo o combate ao crime organizado e enfraquecendo as facções", afirmou.

Modus Operandi do Grupo

O grupo criminoso utilizava empresas de fachada, transações fracionadas e operações simuladas para mascarar a origem ilícita dos valores. Além dos crimes financeiros, há indícios de envolvimento dos investigados em homicídios de desafetos e concorrentes, como forma de manter o controle sobre territórios e negócios ilegais.

O delegado Renan Mello, da Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro, explicou que foram identificadas empresas que movimentaram milhões em poucos meses, com o objetivo de dar aparência de legalidade a recursos criminosos. "Essa distorção prejudica o mercado legítimo e distorce a concorrência", concluiu o delegado.



Com informações da Agência Brasil