O período de festas iniciou com mortes nas estradas da região. Na noite de segunda-feira (22), cinco pessoas morreram em acidente registrado na noite na rodovia PR-444, em Arapongas. A colisão frontal envolveu um caminhão Mercedes Benz e um automóvel Volkswagen Polo. Não houve sobreviventes. No final da tarde, outra tragédia: um caminhoneiro morreu após capotamento na PR-170, na conhecida curva do Sabino, entre Novo Itacolomi.
De acordo com as informações da Polícia Rodoviária Estadual (PRE), o acidente na PR-444 foi registrado por volta das 23h50, na altura do quilômetro 17. O impacto foi violento e todas as vítimas faleceram no local, antes mesmo da chegada do socorro médico.
No Polo viajavam quatro pessoas. O condutor, um jovem de 23 anos, e três passageiros: duas mulheres – uma de 60 anos e outra de idade não informada – e um jovem de 24 anos. O veículo era de Cascavel. Já no caminhão, que vinha de São Miguel, no interior de São Paulo com uma carga de barris de chope, a vítima foi o motorista, de 29 anos.
Segundo o levantamento feito pela PRE, os veículos trafegavam em sentidos opostos quando a colisão aconteceu. O trecho onde o acidente ocorreu é de pista dupla e trata-se de uma reta. As equipes da PRE permaneceram no local durante toda a madrugada para a realização da perícia e a remoção dos veículos e dos corpos. Os trabalhos de liberação da pista foram concluídos por volta das 06h50 desta terça.
Segundo o subtenente Leal, do Corpo de Bombeiros de Apucarana, foram deslocados um caminhão de combate a incêndio e resgate (BTR), uma ambulância e viaturas de apoio, além da solicitação de suporte básico e avançado do Samu devido à magnitude do acidente.
Ao chegarem ao local, os socorristas constataram que não havia sobreviventes. A operação de desencarceramento, no entanto, exigiu trabalho técnico intenso. De acordo com o subtenente, a posição em que os veículos pararam dificultou o acesso às vítimas.
. A análise preliminar dos Bombeiros, baseada nas marcas no asfalto e relatos de testemunhas, indica que o caminhão que trafegava sentido Arapongas-Mandaguari teria tombado na curva e atingido o carro, que subia no sentido oposto.
O subtenente destacou que as características geográficas do trecho, uma baixada com curvas sequenciais aliadas à falta de infraestrutura de segurança, potencializam a gravidade dos acidentes.
“É uma pista dupla, porém ela não tem uma defensa de divisão de pista [mureta central ou guard-rail]. Então, qualquer problema que ocorre com um veículo numa curva, ele acaba invadindo a outra pista, que foi o caso que aconteceu ali”, analisou o bombeiro.
Para a corporação, embora fatores como falha mecânica, chuva ou mal súbito possam ter causado o tombamento inicial, a existência de uma barreira física poderia ter mudado o desfecho. “Se tivesse a defesa metálica ou divisão de pista, talvez o risco de acidentes tão graves fosse minimizado”, concluiu.