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Apucarana reduz em 30% índice de mortalidade infantil em 2023

Cindy Santos

| Edição de 29 de janeiro de 2024 | Atualizado em 29 de janeiro de 2024
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de mortalidade infantil em 2023

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O número de mortes de crianças com até 1 ano de idade caiu 30% em Apucarana. Dados preliminares da 16ª Regional de Saúde (RS) mostram que em 2022 foram 13,8 óbitos a cada mil nascidos vivos, número que caiu para 9,7 mortes a cada mil nascidos vivos. Em números absolutos, foram 21 mortes em 2022 contra 14 no ano passado. 

O secretário municipal de Saúde de Apucarana, Emídio Bachiega, destaca que Apucarana atingiu uma importante meta da Organização Mundial da Saúde (OMS) que preconiza índice de mortalidade infantil abaixo de dois dígitos. “É uma taxa de países desenvolvidos, resultado de um trabalho realizado em várias frentes no município. O prefeito nos colocou essa meta de priorizar a saúde de crianças, mulheres e idosos. A gente vai continuar com esse trabalho e espera reduzir ainda mais esse índice”, salienta. 

Entre os serviços ofertados no município Bachiega destaca a Casa da Gestante com acompanhamento pré-natal multidisciplinar, disponibilização de kits maternidade e passe livre no transporte público. A Casa da Gestante também oferta o serviço de doulas, para acompanhamento durante o período gestacional até os primeiros meses após o parto, com foco no bem-estar da mulher. O serviço é ofertado por meio do Projeto Juntas na Maternidade. 

Segundo Bachiega, no ano passado a prefeitura ampliou as ações com a contratação de três médicos ginecologistas e obstetras somando cinco especialistas na unidade que ainda oferta atendimento nas especialidades de psicologia, nutrição, fisioterapia, odontologia e endocrinologia. “Também implementamos a questão dos medicamentos e antibióticos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) principalmente para tratamento de infecções”, ressalta.

ALTA NA REGIÃO

Na contramão de Apucarana, a taxa regional de mortalidade infantil, contabilizada na área da 16ª RS, aumentou de 9,4 mortes por cada mil nascidos vivos para 12,8 mortes a cada mil nascidos vivos, alta de 36%. Em números absolutos foram 43 óbitos em 2022 e 56 em 2023. 

Entre os municípios que registraram aumento está Arapongas, que mantinha em 2022 taxa abaixo de dois dígitos: 4,6 óbitos por mil nascidos vivos, índice que passou para 11,7. Foram 7 registros em 2022 e 17 no ano passado. Jandaia do Sul é outro município que teve aumento de óbitos, de 2 para 8 no período, em números absolutos. 

Ao todo, 11 municípios registraram óbitos na área da regional em 2023 e seis não tiveram registros. O chefe da 16ª Regional de Saúde, Marcos Costa, destaca que a regional analisa todos os óbitos registrados e acompanha o trabalho realizado nos municípios - notadamente os que registram aumento da mortalidade infantil - através de reuniões conjuntas e treinamentos específicos. “Temos um trabalho de acompanhamento constante”, comenta. 

Segundo Marcos, de modo geral, a prevenção das mortes infantis começa com o cuidado com as gestantes. “Os problemas estão, muitas vezes, nos cuidados com as gestantes. A gestante precisa fazer o pré-natal e se submeter aos exames necessários na gravidez. Ocorre que, muitas vezes, ela não segue o acompanhamento”, comenta.

Ele também observa que no ano passado foram registrados 20 óbitos decorrentes de malformação fetal.(COLABOROU ADRIANA SAVICKI)