POLÍTICA

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‘Apucarana tem grandes obras e projetos para 2026’, diz Rodolfo

Da Redação

| Edição de 26 de dezembro de 2025 | Atualizado em 26 de dezembro de 2025

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Quando assumiu a Prefeitura de Apucarana, em janeiro deste ano, o prefeito Rodolfo Mota (União) declarou moratória para conseguir colocar as contas em dia e pagar servidores. Findando o primeiro ano de seu mandato, o prefeito tem uma perspectiva otimista para o início de 2026. Segundo ele, o município tem entre 25 e 30 grandes obras para o próximo ano, um volume considerável de investimentos e bastante trabalho para viabilizar projetos. Em entrevista à Tribuna/TNOnline, o prefeito fez um balanço da gestão e destacou os desafios para o ano que vem.

Na semana passada, o prefeito anunciou um pacote de R$ 108 milhões, com obras previstas para vários setores. “Fora desses R$ 108 milhões que a gente anunciou na sexta-feira, tem outros R$ 35 milhões em asfalto para ruas que não têm asfalto, mais R$ 10 milhões para LED; então são 45 milhões. Temos a construção do novo quartel do Corpo de Bombeiros e da sede da Polícia Científica, que são obras milionárias. Se a gente somar as obras do governo do Estado e os convênios, nós devemos falar em alguma coisa em torno de R$ 180 milhões”, comenta.

“Só agora, em 2026, eu vou ter a alegria de poder, junto com nosso governador, entregar para Apucarana, de fato, 100% de asfalto. Essa promessa era uma promessa que vem lá de trás, de campanhas eleitorais de 2004, e finalmente eu vou ter a honra, alegria e satisfação de ser o prefeito que vai entregar isso para Apucarana”, destaca.

O prefeito ressalta que 2026 também será um ano para finalizar projetos. “Temos projetos estruturantes de viaduto, de trincheira e de duplicação das entradas da cidade. Nós estamos no processo de elaboração de uma alça de acesso para a saída de Maringá, mas eu preciso fazer também o acesso do parque industrial da Juruba, porque algumas carretas não conseguem cruzar a linha do trem”, detalha.

Segundo o prefeito, por conta de 2026 ser um ano eleitoral, o desafio é maior. “Nós temos 90 dias para finalizar projetos, apresentar projetos e assinar convênios. Alguns já estão garantidos, outros não”, afirma, referindo-se à previsão de licenciamento do governador Ratinho Junior (PSD), que deve se candidatar à Presidência da República ou ao Senado no ano que vem.

Rodolfo destaca outras obras garantidas, como o asfalto rural do Contorno Norte até o Barreiro. “Vai ser a primeira estrada rural com asfalto da história de Apucarana”, comenta. “Essas coisas estão garantidas. A troca das viaturas e das ambulâncias já está garantida; a construção das obras está garantida”.

DÍVIDA

A dívida de mais de R$ 1,3 bilhão com a União, cuja execução foi iniciada neste ano e está suspensa por medida judicial, também integra os desafios de gestão. “É um desafio ser prefeito de Apucarana e Apucarana ser a cidade que mais deve no Brasil. Esse é um título horrível para chegar em Brasília e se apresentar”, comenta Rodolfo, destacando que o enfrentamento deste problema vai exigir a mobilização de vários atores políticos.

“Em 2025, eu fiz o enfrentamento no Congresso, junto com a Frente Nacional de Prefeitos, para criar um artigo na Constituição. Nós mudamos a Constituição, conseguimos colocar um artigo novo que vai permitir a Apucarana parcelar essa dívida em 30 anos, mas eu preciso avançar, até porque a liminar que nós temos suspendendo os bloqueios nas contas só vai até março. Vai ser muito desgastante, vai ser muito cansativo, vai precisar de muito esforço administrativo, político e jurídico para a gente poder sair dessa armadilha que assombra há 30 ou 40 anos a cidade. E eu vou trabalhar muito para perdermos esse título de cidade de maior dívida”, comenta.