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Exportações da região crescem 7% e somam US$ 124,3 milhões

Cindy Santos

| Edição de 13 de setembro de 2024 | Atualizado em 13 de setembro de 2024

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As exportações da região somaram US$ 124,3 milhões de janeiro a agosto deste ano. Dados da Comex Stat, ferramenta do governo federal, mostram que onze municípios registraram atividades no comércio internacional até o momento. Os principais produtos comercializados são móveis que correspondem a US$ 34,8 milhões, leveduras (US$ 18,9 milhões) e açúcar (US$ 17,7 milhões). O faturamento deste ano corresponde a uma alta de 7% em comparação com o ano passado no mesmo período.

O maior valor obtido com exportação é de Arapongas que soma US$ 49 milhões, grande parte obtida pelo comércio de móveis, uma vez que o município é o maior fabricante do país. A pauta exportadora também inclui plantas, soja, inseticidas e outros produtos como canetas, livros de registros e até massas cozidas e recheadas. Neste ano Arapongas já vendeu para mais de 30 países parceiros.

São Pedro do Ivaí detém o segundo maior faturamento da região. Até agosto, o município faturou US$ 28,8 milhões com o comércio de leveduras e ração animal para mais de 10 países. Em comparação com o ano passado, houve aumento de 43% nas exportações.

Jandaia do Sul atingiu o terceiro maior valor de exportação da região com 18,6 milhões para mais de 10 países. O município, que até então exportava açúcar e álcool etílico, começou a diversificar seus produtos com a comercialização de sidra, artefatos têxteis, fertilizantes, torneiras e válvulas.

No geral, seis municípios apresentaram alta nas exportações no comparativo com o ano passado. O maior aumento foi em Califórnia, que passou de US$ 7,9 mil para US$ 217 mil, crescimento de 2652% e em Cruzmaltina o aumento chega a 438%. As maiores quedas foram em Faxinal e Marilândia do Sul que comercializaram produtos no mercado internacional no ano passado, contudo, ainda não fecharam vendas neste ano.

Para o economista Paulo Cruz, professor da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), campus de Apucarana, o processo de expansão das exportações de 2024 em relação a 2023 passa por três importantes variáveis. “A primeira delas é em relação ao dólar com a desvalorização do real nossos produtos ficaram mais atrativos para vendas ao exterior e essa é uma competição vencida por meio do preço, mas que também é uma importante forma de competição por meio de política macroeconômica”, explica.

O segundo fator é a diversificação da pauta exportadora por alguns municípios. “Isso é importante porque quando um produto não gera demanda o outro gera e, no contexto geral, as vendas se realizam de novo”, analisa o economista.

A terceira variável é a melhoria produtiva das empresas, que mexe com a expansão das exportações. “Embora algumas empresas tenham dificuldades de renovação do parque industrial, em função da alta taxa de juros, elas inovam e diversificam é o caso dos municípios de Arapongas Apucarana Jandaia do Sul e São Pedro do Ivaí, por exemplo”, afirma.

O economista reforça que, para completar o processo de expansão, são necessários incentivos aos antigos e novos parques industriais, com novos aportes para ampliar a capacidade de produção e melhorar a eficiência. “Tudo isso de uma redução da taxa de juros que facilite novos investimentos”, conclui.

Paraná corresponde por 7% das exportações brasileiras

O Paraná exportou US$ 15,9 bilhões em produtos de janeiro a agosto de 2024. No período, o Paraná foi responsável por 7% de todas as exportações brasileiras. Ao todo, o Brasil exportou US$ 227 bilhões em produtos. Os dados são do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MIDC), organizados e tabulados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes).

Os principais produtos enviados ao Exterior pelo Paraná são os alimentos, que respondem por mais de US$ 10 bilhões comercializados com outros países entre janeiro e agosto. Entre eles, a soja foi o principal produto, com US$ 4,3 bilhões; seguido pela carne de frango ‘in natura’, com US$ 2,4 bilhões, farelo de soja, com US$ 995 milhões, e açúcar bruto, com US$ 857 milhões.

De acordo com Jorge Callado, diretor-presidente do Ipardes, os resultados são fruto da grande capacidade produtiva do Paraná no segmento de alimentos e do prestígio dos produtos no mercado externo. “Um exemplo é o reconhecimento do Paraná como área livre da febre aftosa sem vacinação, melhorando nossas exportações de proteína animal ao longo do ano. Isso é resultado dos grandes esforços dos produtores e do Governo do Paraná, o que permitiu a conquista de novos mercados”, disse.