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Exportações regionais somam USS 24 milhões no bimestre

Cindy Santos

| Edição de 24 de março de 2025 | Atualizado em 24 de março de 2025

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Oito municípios da região com atividades no comércio exterior somaram quase US$ 24 milhões em exportações no acumulado de janeiro e fevereiro. O valor, entretanto, é quase 10% menor do que o faturamento obtido no mesmo período do ano passado, quando as exportações de onze municípios ultrapassaram US$ 26,5 milhões. Os dados são do Comex Stat, ferramenta do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Em relação ao volume exportado, a redução chega a 34,6% no comparativo. No ano passado, os municípios da região enviaram mais de 26 mil toneladas de produtos para mais de 30 países, número que caiu para 17 mil toneladas.

No ranking dos produtos mais vendidos no exterior, no primeiro bimestre, estão os móveis fabricados por Arapongas que já somam US$ 7,6 milhões, leveduras e ração animal produzidas por São Pedro do Ivaí que já somam US$ 6,9 milhões e os tecidos de algodão de Apucarana que atingiram US$ 1,1 milhão.

Arapongas lidera as exportações com faturamento de US$ 11 milhões, alta de 14% em comparação com o mesmo período do ano passado. Além de móveis, o município também comercializa carne de aves, inseticidas, plantas, entre outros produtos para mais de 30 países.

São Pedro do Ivaí detém o segundo maior faturamento obtido com exportação, US$ 7,1 milhões, praticamente o mesmo valor do ano passado, no período. Além de leveduras e ração, o município também exporta embalagens e etiquetas para 11 países.

O terceiro maior faturamento é o de Apucarana, com US$ 4,2 milhões obtidos sobretudo com o comércio de tecidos de algodão, fertilizantes e couros. As exportações do município, entretanto, desaceleraram em comparação com o ano passado, com queda de 6%. “Os fatores que podem ter influenciado essa redução incluem a desaceleração econômica em mercados consumidores que pode ter reduzido pedidos e a valorização do real frente ao dólar, tornando os produtos menos competitivos. Também temos que considerar problemas estruturais recorrentes tais como questões alfandegárias, custos elevados de transporte ou mesmo restrições comerciais podem ter dificultado o desempenho”, analisa o economista e secretário da Fazenda, Rogério Ribeiro.

De acordo com ele, a Secretaria de Indústria e Comércio está elaborando um planejamento estratégico e poderá incluir ações para incentivar as exportações, o que incluirá parcerias com entidades empresariais e universidades para oferecer capacitação sobre comércio exterior e a criação de um núcleo de internacionalização. “Isto poderá fortalecer ainda mais as empresas com potencial exportador”, afirma Ribeiro.

Carne de frango lidera pauta paranaense

No Paraná, as exportações paranaenses somaram US$ 3,25 bilhões nos dois primeiros meses de 2025, segundo dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior e Serviços (MDIC), levantados pelo Instituto Paranaense de Desenvolvimento Econômico e Social (Ipardes). É o maior valor entre os estados da região Sul, superando os resultados do Rio Grande do Sul (US$ 3,19 bilhões) e Santa Catarina (US$ 1,77 bilhão).

A pauta das exportações do Paraná é encabeçada pela carne de frango in natura, com vendas da ordem de US$ 663,46 milhões no primeiro bimestre, seguida da soja em grão (US$ 467,92 milhões), cereais (US$ 221,47 milhões) e farelo de soja (US$ 165,03 milhões).

O principal destino das exportações paranaenses foi a China, que adquiriu US$ 598,66 milhões em mercadorias produzidas no Estado.