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Potencial de consumo de Apucarana e Arapongas ultrapassa R$ 12 bilhões

Cindy Santos

| Edição de 04 de setembro de 2025 | Atualizado em 04 de setembro de 2025

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O potencial de consumo dos moradores de Apucarana e Arapongas pode ultrapassar R$ 12 bilhões neste ano. É o que aponta o estudo do IPC Maps 2025, do Instituto IPC Marketing Editora, que mede a capacidade de compra das famílias brasileiras.

Segundo levantamento, o maior potencial de consumo é dos apucaranenses que devem gastar R$ 6,4 bilhões neste ano, sobretudo, com moradia, veículo próprio e alimentação, dentro e fora do domicílio. A estimativa também inclui gastos com materiais para construção, roupas, transporte urbano, móveis, joias e até fumo, entre outras categorias (confira o infográfico).

A classe econômica com maior poder de aquisição é a B, que possui 13.150 domicílios urbanos e corresponde a 42,4% do potencial de consumo total, o equivalente a R$ 2,6 bilhões. Em seguida está a classe C, grupo que representa a maior parcela dos domicílios da cidade (26.305) e que corresponde a 39% do total da capacidade de compra do município, com R$ 2,4 bilhões. A classe A representa apenas 2,9% do número de domicílios urbanos da cidade com potencial de consumo de R$ 863,7 milhões.

Em Arapongas, a estimativa de capacidade de compra é de R$ 5,8 bilhões. O grupo responsável pela maior fatia dos gastos com bens e serviços é a classe C, que possui 24.875 domicílios e deve movimentar R$ 2,3 bilhões neste ano. Na sequência estão as classes B, A e D, respectivamente. Assim como Apucarana, as categorias que direcionam a maior parcela do consumo dos araponguenses são habitação e veículo próprio.

VALOR AGREGADO

Para o economista e professor do campus apucaranense da Universidade Estadual do Paraná (Unespar), Marcelo Vargas, os gastos com moradia e veículos são tão expressivos no estudo do IPC Maps porque são categorias de alto valor agregado. “Você não consegue comprar uma casa com R$ 1 mil ou R$ 10 mil, por exemplo. São bens que exigem um investimento financeiro considerável, como R$ 200 mil ou R$ 300 mil para uma casa, ou R$ 50 mil a R$ 100 mil para um carro”, explica o economista.

Já a alimentação está entre as principais despesas por ser uma necessidade básica. “As pessoas precisam se alimentar, então direcionam uma grande parte de seus gastos para essa categoria, que é primordial e necessária”, afirma.

Vargas também destaca que o estudo mostra uma movimentação financeira considerável com alimentação fora de casa, representando cerca de um terço do total gasto com alimentação em geral, que corresponde a R$ 709,6 milhões. “Isso mostra um valor importante que não pode ser desconsiderado na análise do poder de consumo”, analisa.

O economista ressalta que o crescimento econômico dos municípios impulsiona o consumo, especialmente em categorias consideradas supérfluas, ou seja, aquelas que vão além do básico. “À medida que a renda das pessoas aumenta e elas mudam de classe social, de E para D, C, B, ou A, o consumo de itens como eletrodomésticos, vestuário, calçados, joias e veículos se intensifica. São itens que as pessoas passam a consumir quando sua renda permite”, finaliza.