A baixa adesão de lideranças levou a Prefeitura de Apucarana a remarcar reunião do Comitê Gestor Intersetorial para o Controle da Dengue. Realizada anteontem na sede do Senac, apenas nove dos 34 representantes dos setores empresarial, educação, saúde, entidades sociais e religiosas convidados compareceram ao encontro.
“Agora vamos chamar as que faltaram para uma nova reunião. A responsabilidade da dengue é de todos. A prefeitura, por meio da Autarquia Municipal de Saúde, está desenvolvendo um trabalho sério e planejado, mas precisamos da mobilização de toda a sociedade organizada e da população”, afirma o prefeito Junior da Femac.
De acordo com o secretário municipal da saúde, Emídio Bachiega, a reunião do comitê foi estendida, através de convite oficial do município, a diversas entidades e setores organizados da cidade.
Na oportunidade, os presentes foram alertados sobre o atual cenário epidemiológico da doença na cidade – classificado pelas autoridades em saúde como “preocupante” – e convocados a serem multiplicadores junto aos seus públicos, sobre a relevância das ações preventivas. Apucarana registra 12 casos confirmados da doença e 497 notificações.
Segundo afirma o enfermeiro Luciano Simplício Sobrinho, coordenador da Divisão Municipal de Vigilância Epidemiológico, o objetivo é fazer com que a sociedade compreenda que, ao lado do poder público, também possui importante responsabilidade no combate à dengue. A prefeitura vem tomando várias medidas de prevenção.
Estiveram presentes no evento representantes da Acia, Hospital da Providência, 10º BPM, Conselho Municipal de Saúde, Câmara Municipal, Sesc, 16ª Regional de Saúde, Colégio Chamberlain e Faculdade de Apucarana, além da equipe de saúde municipal.
Prefeitura notifica empresas para roçagem
O prefeito de Apucarana, Junior da Femac, encaminhou anteontem, ofícios à Rumo Logística, Copel e Eletrosul, solicitando – em caráter de urgência – a execução de roçagens nas faixas de domínio de ferrovias e em áreas de linhas de alta tensão. A Prefeitura de Apucarana reitera a importância das roçagens, principalmente devido ao período propício para chuvas e altas temperaturas. “Essas condições climáticas favorecem a proliferação dos mosquitos causadores da dengue, gerando quadros complicados e até de mortes”, justifica Junior da Femac.
Amparado em dados da saúde pública, ele argumenta que esse serviço é essencial e complementa uma série de ações que vêm sendo realizadas pela prefeitura, no enfrentamento da epidemia de dengue no município.
“Estamos cobrando da Rumo, Copel e Eletrosul que assumam essa responsabilidade, no sentido de que participem do combate à dengue, executando as roçagens necessárias neste ciclo de chuvas e altas temperaturas”, cita o prefeito.
Junior da Femac também informa que a prefeitura está trabalhando com cinco equipes de roçagens. Os proprietários de terrenos vazios devem manter seus lotes limpos. “Nos terrenos que estiverem com mato alto, os serviços serão executados pela prefeitura, ao custo de R$1,72 por metro quadrado e, posteriormente, os valores serão lançados para pagamento pelos proprietários”, alerta Junior da Femac.