CIDADES

min de leitura - #

PRF apreende lote de emagrecedores em Arapongas

Da Redação

| Edição de 05 de dezembro de 2025 | Atualizado em 05 de dezembro de 2025

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

A Polícia Rodoviária Federal (PRF) apreendeu, na manhã de sexta (5), 298 ampolas de emagrecedores, que possuem como princípio ativo a tirzepatida, durante abordagem na BR-369, em Arapongas. A condutora do carro, uma mulher de 21 anos, foi presa.

A PRF abordou a motorista que dirigia um carro alugado. Durante a fiscalização, os policiais identificaram que o pneu estepe apresentava peso incompatível. Na verificação minuciosa, foram encontradas as 298 ampolas do produto Lipoless 15 mg, de fabricação paraguaia, ocultadas no interior do pneu.

A mulher afirmou desconhecer o transporte irregular. Os emagrecedores e a condutora foram encaminhados à Polícia Federal em Londrina, para o registro do crime de importar, vender, distribuir ou manter em depósito produtos sem registro. Por ser considerado crime hediondo, sua pena de reclusão varia de 10 a 15 anos, além de multa.

Somente nesta semana, a PRF apreendeu mais de 600 ampolas do medicamento, em Londrina, totalizando quase 1.000 ampolas em três apreensões. 

Em todos os casos, os medicamentos eram transportados em temperatura ambiente — medicamentos do gênero exigem conservação entre 2°C e 8°C.

Também nesta sexta-feira, a PRF apreendeu, na BR-369, em Campo Mourão,  20 unidades de medicamentos usados para o emagrecimento. Metade do lote, 10 canetas, utilizam a retatrutida, uma substância experimental ainda em testes e, portanto, não liberada mundialmente para uso.

O custo dos emagrecedores e a obrigatoriedade de receita médica explicam o aumento das apreensões. Pesquisa feita nas farmácias de Apucarana aponta que  o Mounjaro de 5 mg apresenta preços que variam de R$ 1.857,47 a R$ 2.185,80. Já Ozempic e Wegovy custam entre R$ 1.099 e R$ 2.295,62, a depender da dosagem.  Todos são vendidos apenas receituário médico.

Autoridades alertam que a busca por alternativas mais baratas, geralmente vindas do Paraguai, expõe consumidores a riscos graves, uma vez que esses produtos não possuem garantia de procedência ou refrigeração adequada e não há acompanhamento médico do paciente.