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Região pode ter mais nove colégios cívico-militares

Cindy Santos

| Edição de 13 de novembro de 2023 | Atualizado em 13 de novembro de 2023
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colégios cívico-militares

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Nove colégios da rede estadual pertencentes aos Núcleos Regionais de Educação (NRE) de Apucarana e Ivaiporã vão decidir ainda este mês se aderem ou não ao modelo cívico-militar. Edital de ampliação do programa lançado pela Secretaria de Estado da Educação (SEED-PR) traz 127 escolas que participarão da consulta pública, abrangendo aproximadamente 80 mil alunos do 6º ao 9º ano do Ensino Fundamental e do Ensino Médio. Na região, as escolas listadas pertencem aos municípios de Apucarana (4), Arapongas (2), Ivaiporã (1), Cambira (1) e São João do Ivaí (1). 

No Núcleo Regional de Educação de Apucarana (NRE) as sete escolas elencadas abrangem aproximadamente 5 mil alunos. De acordo com o chefe do NRE, Vladmir da Silva, as instituições de ensino foram escolhidas por fatores relacionados ao efetivo policial disponível e também ao interesse do corpo diretivo das escolas. “Em Apucarana temos um número grande de policiais militares e por isso há essa possibilidade de ter um número maior de escolas cívico-militares”, reforça. O município já conta com quatro escolas nessa modalidade: Tadashi Enomoto, José Canale, Carlos Massaretto e Heitor Furtado.

A consulta será realizada nas próprias escolas entre os dias 28 e 29 de novembro, contando com a participação de professores, funcionários e pais de alunos matriculados na instituição. Estudantes maiores de 16 anos – conforme estabelecido em edital – também participam do pleito e, para votar, é necessário levar documento pessoal com foto.

Os responsáveis terão direito a um voto por filho menor de idade matriculado na escola. Votará somente um responsável por Código Geral de Matrícula (CGM) do estudante. O resultado da votação deve ser divulgado no dia 5 de dezembro.

“O modelo dos colégios cívico-militares proporciona a ampliação do aprendizado devido à maior quantidade de aulas que é oferecida aos estudantes”, afirma o secretário estadual da Educação do Paraná, Roni Miranda. “O processo aprimora a qualidade do ensino com aulas adicionais de português, matemática e da unidade curricular exclusiva de cidadania e civismo, que proporciona conhecimento das leis, da Constituição Federal, além do papel dos três poderes, e de valores como ética, respeito e cidadania”, afirma o secretário.

As escolas cívico-militares foram instituídas no Paraná em 2020. Em 2021, o Estado atingiu o número de 194 colégios funcionando nesta modalidade. Há ainda 12 escolas cívico-militares com o modelo do programa nacional, que vão passar ao Estado.

Modelo tem maior índice de frequência escolar

A diretora do Colégio Estadual Cívico-Militar Tadashi Enomoto, no Núcleo Habitacional Afonso Alves de Camargo, professora Daniele Cristina Hegeto de Freitas Violin, afirma que o balanço de resultados é muito positivo. “Ainda é um modelo em adaptação, tanto por parte dos educadores e demais funcionários, como por parte dos alunos, pais e comunidade escolar, mas os pontos positivos realmente são muitos. Além de uma maior carga horária de aulas, o modelo de regras e disciplina contribui para o estabelecimento de rotinas importantes que favorecem o ganho pedagógico”, relata a diretora, frisando ue a instituição registrou ganho expressivo na assiduidade e frequência dos alunos, além de aumento da nota do IDEB.

De acordo com Vladimir Barbosa, chefe do Núcleo Regional de Educação (NRE), a frequência escolar média no ensino tradicional fica entre 80% e 82%. “Já nas escolas cívico-militares, esse percentual fica em mais de 90%”, informa.