A Prefeitura de Arapongas encerrou as atividades no Aterro Sanitário Municipal. Desde segunda-feira, o lixo orgânico recolhido no município deixou de ser depositado no local. Com capacidade saturada, o fechamento do aterro é alvo de intervenção do Ministério Público. O material coletado será encaminhado para aterro privado.
“O aterro está dividido em duas células. Uma delas é a do orgânico, que é o que está fechado, e a outra é a dos móveis inservíveis, dos descartes de podas, resíduos volumosos. Então, a empresa Sanetran está levando o lixo recolhido durante a coleta na cidade diretamente para uma empresa em Apucarana, que ganhou a licitação”, explica Sandra Corrêa, secretária de Agricultura, Serviços Públicos e Meio Ambiente. Segundo ela, a próxima etapa é estudar quais são as formas para a recuperação da área que, com o crescimento da cidade, se encontra atualmente na área urbana. Atualmente, o espaço ainda recebe material galhos e folhas de podas realizadas pela limpeza pública.
Segundo a secretária, está em andamento no Tribunal de Contas uma consulta para a finalização de uma Parceria Público-Privada (PPP) voltada para essa questão dos resíduos sólidos. A proposta da Prefeitura é licitar todo o sistema de resíduos, passando uma única empresa o encerramento do aterro, coleta de lixo e limpeza pública.
O prefeito Rafael Cita destaca que a retirada do aterro é mais um compromisso de campanha cumprido. “Era uma questão prioritária porque envolve também a saúde pública”, pontuou. Em junho, o deputado federal Pedro Lupion trouxe recursos de R$ 3 milhões para auxiliar a viabilizar a retirada do aterro de Arapongas.
Em outubro, a Prefeitura já havia convocado uma reunião a respeito da situação crítica dos trabalhadores informais que atuam no aterro sanitário. O encontro, que ocorreu na Câmara Municipal, visou estabelecer um plano de transição, garantindo a integração socioeconômica desses trabalhadores.
A secretária Sandra Correa relata que os motivos para o encerramento do aterro incluem esgotamento técnico e da capacidade operacional; irregularidades e pressão do Ministério Público; inadequação legal e ambiental da estrutura atual; e risco social e de saúde pública para os trabalhadores e para a comunidade.
O Aterro de Arapongas já foi considerado modelo na região. O município foi um dos primeiros a adotar coleta seletiva de materiais recicláveis.