POLÍTICA

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Alckmin critica fragmentação partidária na Câmara Federal

Da Redação

| Edição de 31 de maio de 2024 | Atualizado em 31 de maio de 2024
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O vice-presidente da República e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin (PSB), criticou o grande número de partidos no Legislativo e reconheceu a dificuldade do governo na negociação com diferentes siglas.

Em entrevista à BandNews, transmitida nesta sexta-feira, ele avaliou que houve sucesso na aprovação dos principais temas defendidos pelo Executivo, como a reforma tributária, apesar dos entraves com a pulverização de partidos.

“Muita fragmentação partidária dificulta a governabilidade. Temos que ter menos partidos, mais programáticos. Com o tempo, isso vai corrigir, porque a cada eleição a cláusula de barreira sobe e vão diminuindo o número de partidos”, disse.

Pela chamada cláusula de desempenho, só podem ter acesso ao fundo partidário e à propaganda gratuita em rádio e televisão os partidos que atingem critérios como a eleição de pelo menos 11 deputados federais (distribuídos em pelo menos nove unidades da Federação) ou a obtenção de, no mínimo, 2% dos votos válidos nas eleições para a Câmara (também distribuídos, no mínimo, em nove unidades da Federação).

A fala de Alckmin encontra concordância com avaliações públicas feitas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em agosto de 2023, por exemplo, durante entrevista ao programa do jornalista Reinaldo Azevedo, Haddad declarou que a Câmara estaria com “poder muito grande”, o que ocasionou reação do presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL).

O ministro posteriormente explicou que estava fazendo uma “reflexão” sobre o fim do chamado presidencialismo de coalizão – que foi a forma de viabilizar a governabilidade durante os dois primeiros governos de Lula. Segundo Haddad, esse modelo não foi substituído “por uma relação institucional mais estável”.

DIREÇÃO DA CÂMARA

Alckmin também comentou sobre a eleição para a presidência da Câmara. Segundo ele, há pelo menos quatro nomes de parlamentares para a sucessão de Arthur Lira (PP-AL). Ele classificou como “ótimos nomes” os deputados Elmar Nascimento (União-BA), Marcos Pereira (Republicanos-SP), Antonio Brito (PSD-BA) e lembrou de especulações sobre Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

“São ótimos nomes, eu lembro de cabeça o Elmar, o Marcos Pereira, o Brito, que é muito ligado a certas casas. Tem vários nomes importantes. Eu ouvi falar também do nome do Aguinaldo Ribeiro, que foi relator da reforma tributária”, disse. “Isso aí (discussão) é no começo do ano que vem, mas conversar é sempre bom”, complementa.

A eleição será em fevereiro de 2025. Como Lira já está em seu 2º mandato, não poderá concorrer novamente.