Mais uma vez, a dengue volta a preocupar o Paraná. O aumento no número de casos, mesmo em uma época em que os registros da doença são relativamente mais escassos, coloca as autoridades em alerta máximo, como apontou a reportagem publicada na edição do último domingo da Tribuna. O fato é que, por mais que o poder público faça aquilo que se espera, o combate ao Aedes aegypti só será eficaz se a população colocar como prioridade as ações para acabar com os criadouros do inseto transmissor.
De acordo com a reportagem, o Boletim Epidemiológico mais recente, registra 925 casos confirmados de dengue no estado desde agosto, quando foi iniciado o ano epidemiológico. São 106 casos a mais que na semana anterior. Do total, 732 são casos autóctones e indicam que a contaminação aconteceu na cidade de residência. O Paraná apresenta 8.311 notificações para a dengue em 239 municípios.
O principal motivo para este resultado é que muita gente acabou por perder o hábito de acabar com os criadouros do mosquito, fazendo com que os índices voltassem a aumentar. O grande causador disso, ironicamente, é a diminuição do número de casos da doença nos dois últimos anos, em especial em 2018. Com os números em baixa, as pessoas passaram a se preocupar menos com o mosquito, o que acabou por aumentar os índices de infestação do inseto e, consequentemente, a circulação do vírus.
O mosquito desenvolveu características que o tornaram mais resistentes. Hoje, o vírus da dengue que circula no estado é de outro sorotipo. Estes dois fatores também contribuíram para a alta nos números. Mas o que não muda é que a forma mais eficaz para combater o Aedes aegypti é acabando com os criadouros, e isso só se faz de maneira eficaz com a união de todos. Portanto, de nada adianta o poder público realizar ações e adotar medidas de combate e enfrentamento, se a população não fizer a sua parte.
OPINIÃO
3min de leitura -
Combater a dengue é responsabilidade de todos
|
Edição de
12 de novembro de 2019
|
Atualizado em
25 de janeiro de 2022