POLÍTICA

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PF mira novo operador da Lava Jato e ex-funcionários

Folhapress

| Edição de 16 de novembro de 2015 | Atualizado em 02 de dezembro de 2016

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Um novo operador do esquema de corrupção da Petrobras e um ex-funcionário da estatal são as duas pessoas presas na Operação Corrosão, 20ª fase da Lava Jato, deflagrada na manhã de ontem em cinco cidades de dois Estados (RJ e BA).

A nova fase se concentrou nas prisões do operador do esquema, Nelson Martins Ribeiro, preso temporariamente no Rio de Janeiro, e em desvios na compra da refinaria de Pasadena, nos Estados Unidos.

Para o procurador Carlos Fernando dos Santos Lima, as investigações sobre Pasadena, que foram recentemente remetidas ao Paraná, podem inclusive gerar a anulação e o ressarcimento da compra pela Petrobras.

Imagem ilustrativa da imagem PF mira novo operador da Lava Jato e ex-funcionários

“Pasadena era chamada de ‘ruivinha’ pelos funcionários da Petrobras, justamente pelo excessivo nível de corrosão dos princípios institucionais da estatal”, disse em coletiva, fazendo alusão ao nome da nova fase -Operação Corrosão. A prisão do novo operador promete novos desdobramentos.

Antigo proprietário de uma casa de câmbio no Rio, Ribeiro operou para vários funcionários da Petrobras, nas diretorias de Abastecimento e Internacional, principalmente por meio de contas no exterior, segundo a Procuradoria. Ele também intermediou o pagamento de cerca de US$ 5 milhões a Paulo Roberto Costa, segundo a PF.

O operador já foi investigado por lavagem de dinheiro no Rio de Janeiro, anos atrás. Para a PF, ele é “um Youssef de dez anos atrás”, segundo o delegado Igor Romário de Paula: ou seja, operava em várias frentes, para empresas e contraventores.

Também foi preso o ex-funcionário da Petrobras Roberto Gonçalves, ex-gerente executivo da área Internacional, detido em Niterói. Ele é investigado sob suspeita de irregularidades na compra de sondas e na obra da Comperj, refinaria do Rio de Janeiro -fatos que ainda estão em investigações iniciais pela força-tarefa da Lava Jato.

Além das duas prisões temporárias (válidas por cinco dias, prorrogáveis por mais cinco), a PF também conduziu cinco ex-funcionários da Petrobras para prestarem depoimentos, em conduções coercitivas.