CIDADES

min de leitura - #

Apucarana registra número de homicídios 5 vezes maior

Cindy Santos

| Edição de 11 de janeiro de 2023 | Atualizado em 11 de janeiro de 2023
Imagem descritiva da notícia Apucarana registra número 
de homicídios 5 vezes maior

Fique por dentro do que acontece em Apucarana, Arapongas e região, assine a Tribuna do Norte.

Apucarana encerrou 2022 com um total de 20 homicídios. O número de vítimas é cinco vezes maior do que o registrada em 2021 que fechou com 4 crimes do tipo. Segundo a Polícia Civil, o aumento na criminalidade foi motivado, sobretudo, pela disputa territorial por tráfico de drogas no município.

Dos crimes registrados neste ano, nove já foram elucidados, afirma o delegado Marcus Felipe da Rocha Rodrigues, chefe da 17ª Subdivisão Policial (SDP), em entrevista coletiva em que divulgou o balanço. De acordo com ele, 2022 foi um ano incomum com uma quantidade de homicídios acima da média. “Temos quase metade dos homicídios elucidados e continuamos as investigações para identificar e responsabilizar os indivíduos que praticaram esses crimes”, afirma. 

Chama a atenção, segundo o delegado, que a maior parte dos crimes está relacionada à briga pelo tráfico de drogas, o que dificulta a investigação por parte da Polícia Civil, uma vez que as testemunhas têm receio de passar informações por medo de represália. Entre os crimes ocorridos em 2022 com esse contexto está o assassinato de um homem de 36 anos, conhecido como Jacaré, em um bar no dia 16 de dezembro, no Jardim Ponta Grossa, que conforme a polícia tem relação com o tráfico de drogas. 

“Muitas vezes a gente tem a linha de investigação mas não consegue comprovar a autoria dos crimes. Mas a gente continua nessa tarefa de tentar comprovar e elucidar”, assinala. 

Só no mês de dezembro foram quatro homicídios e 1 feminicídio. Destes crimes, pelo menos dois tiveram as autorias identificadas: o assassinato de Geovane Cesar Castro, cuja autora se apresentou à polícia, e o feminicídio de Tainá Cristina da Silva, que segundo a polícia, foi praticado pelo ex-companheiro dela.

“As investigações estão em pleno andamento. A Polícia Civil está levantando elementos e provas para representar, se for o caso, pelas cautelares junto ao poder judiciário. A gente está trabalhando para tentar elucidar, mas existe uma certa dificuldade quando a vítima é uma pessoa totalmente envolvida com o tráfico de drogas. Infelizmente, é o que vem acontecendo em Apucarana”, pontua o delegado.